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A Mona Lisa era uma duquesa? Entenda a teoria sobre a pintura
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A Mona Lisa era uma duquesa? Entenda a teoria sobre a pintura

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Aventuras Na História
19/01/2025 14h00
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Em meio ao esplendor artístico e cultural que foi o Renascimento, uma obra em específico, de um dos maiores artistas que já existiu, se consagrou como o grande símbolo do movimento: a 'Mona Lisa'.

Criada por Leonardo da Vinci em 1503, a pintura a primeiro momento parece simples, retratando uma mulher com um sorriso discreto — mas é um dos maiores enigmas da história da arte.

Isso porque o quadro — oficialmente chamado 'La Gioconda' —, que já possui mais de meio século de história, ainda é motivo de debate sobre seu significado dentro da Renascença, da política da época, das técnicas de pintura de Leonardo da Vinci e, acima de qualquer coisa, da identidade daquela mulher retratada, que até hoje não foi confirmada.

Tradicionalmente, estudiosos e entusiastas da arte associam o retrato à Lisa Gherardini, esposa de Francesco del Giocondo, um comerciante de seda florentino. No entanto, como não há confirmação, ainda existe outra teoria intrigante, de que ela seria uma duquesa de seu tempo. Entenda!

+ 5 coisas que você provavelmente não sabia sobre Leonardo da Vinci

Retrato de Leonardo da Vinci e a 'Mona Lisa' / Crédito: Getty Images / Domínio Público via Wikimedia Commons

Isabela de Nápoles

Nascida em outubro de 1470, Isabela de Nápoles era membro da ilustre Casa de Aragão, logo, uma princesa entrelaçada na estrutura política e cultural da Itália Renascentista. Ela se casou em 1490 com o duque de Milão, Gian Galeazzo Sforza, o que a colocou, também, no centro da política de sua época, onde desempenhou papel crucial nas alianças e conflitos que definiram sua época, por meio de seu casamento estratégico e conhecimento político.

Como resultado, muitos pesquisadores acreditam na teoria de que Isabela seja a "verdadeira" Mona Lisa, baseando-se em uma combinação de análises estilísticas, conexões históricas e até mesmo reinterpretações das intenções de Leonardo da Vinci como artista.

Robert Payne, autor da biografia "Leonardo", aponta no livro que estudos preliminares de da Vinci para a obra apresentam semelhança com Isabela quando tinha cerca de 20 anos. O autor sugere que ele fez registros de Isabela em diferentes momentos de sua vida, inclusive em sua viuvez, que seria o derradeiro momento retratado na 'Mona Lisa'.

Vale mencionar ainda outro estudo feito em 1988 sobre a obra, no qual a artista americana Lillian F. Schwartz descobriu, a partir de raios-x, um esboço inicial na tela, que representava uma mulher, mas que, surpreendentemente, foi pintado com a imagem do próprio Leonardo.

Schwartz acredita que a mulher em questão representada no esboço seja Isabela, devido à sua semelhança com outro trabalho que da Vinci fez da princesa.

Antigo esboço de Leonardo da Vinci representando Isabela de Nápoles, e retrato posterior da duquesa / Crédito: Domínio Público via Wikimedia Commons

Jornada de uma vida

A historiadora de arte alemã Maike Vogt-Luerssen não só acredita que a 'Mona Lisa' seja um retrato de Isabela, como ainda acrescenta que os símbolos da casa dos Sforza e a representação do traje de luto da obra se alinham com os acontecimentos conhecidos da vida da princesa.

Dessa forma, a 'Mona Lisa' não seria simplesmente um retrato encomendado a da Vinci, mas, a representação de toda a jornada da vida de uma mulher que viveu o triunfo e a tragédia, que o artista acompanhou ao longo dos anos.

Isso se nota, por exemplo, pela expressão enigmática da 'Mona Lisa', que seria condizente com o estado descrito por Isabela após ficar viúva e, conforme seus registros, "sozinha no infortúnio". Em artigo publicado no The Conversation, o historiador Darius von Guttner Sporzynski, explica que, em vez de a obra representar uma mulher rica e recém-casada, na verdade, ela exala a aura de uma viúva virtuosa.

Por fim, também vale mencionar que a falecida professora de história da arte, Joanna Woods-Marsden, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, sugeriu que o retrato incorpora, antes de qualquer coisa, o ideal de Leonardo, em vez de ser apenas um retrato tradicional, configurando um projeto pessoal, resultado de uma conexão especial entre ele e Isabela. 

De qualquer maneira, a teoria em questão é apenas uma das muitas que tentam solucionar o enigma por trás da verdadeira mulher que hoje pode ser visitada no Louvre, em Paris.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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