Japão envia militares para enfrentar onda de ataques de ursos
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O Japão enfrenta uma onda sem precedentes de ataques de ursos, com 12 mortes registradas desde abril. Diante desse cenário de emergência, o governo mobilizou tropas nesta quarta-feira, 5, para ajudar na captura dos animais.
Até o momento, mais de 100 ataques foram registrados em diferentes regiões do país. De acordo com as autoridades, o aumento da população de ursos e a falta de alimentos nas florestas têm levado os animais a se aproximarem das áreas habitadas. Ainda segundo o Ministério do Meio Ambiente, dois terços das mortes ocorreram nas províncias de Akita e Iwate, no norte do país.
Para conter a situação, a operação começou na cidade de Kazuno, onde tropas foram enviadas para auxiliar no transporte, instalação e inspeção de armadilhas. No entanto, o abate dos animais será realizado apenas por caçadores especializados, enquanto os militares se encarregam do apoio logístico. O pedido de ajuda, por sua vez, foi feito pelo governador da província de Akita.
Por mais cuidadosas que as pessoas sejam, com a população de ursos tão alta, o número de ataques não está diminuindo”, afirmou Yasuhiro Kitakata, responsável pelo departamento de ursos da cidade de Kazuno, em comunicado.
Medo em meio aos ataques
A situação tem causado medo entre os moradores, e as autoridades orientam a população a evitar florestas densas e a não circular após o anoitecer. Elas também recomendam o uso de sinos e apitos como medidas simples de segurança.
Além disso, as autoridades afirmam que o número de avistamentos de ursos aumentou seis vezes neste ano, atingindo cerca de 8 mil registros, de acordo com informações repercutidas pela CNN Brasil.
Efeito das mudanças climáticas
Segundo especialistas, a onda de ataques está relacionada às mudanças climáticas e à redução das fontes naturais de alimento. Períodos de seca e verões mais longos podem ter afetado a produção de castanhas e frutas, alimentos que fazem parte da dieta dos ursos.
O fenômeno serve como alerta para os impactos ambientais e o desequilíbrio ecológico no Japão, reforçando a necessidade de medidas urgentes de prevenção.

