Luigi Mangione teria considerado uso de bomba em ataque a CEO da UnitedHealthcare

Luigi Mangione, o americano suspeito de ter assassinado o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, teria feito uma “lista de tarefas” detalhando passos para executar o crime, segundo fontes policiais citadas pelo The Post.

Investigadores estão examinando páginas de anotações que o jovem escreveu em um caderno espiral antes de atirar fatalmente em Thompson na semana passada. De acordo com a CNN, uma das anotações mencionava a ideia de “matar o CEO em sua própria conferência de contagem de feijões”, enquanto outra descartava o uso de uma bomba para evitar ferir inocentes.

Mangione é acusado de atirar em Thompson, de 50 anos, enquanto ele se dirigia a um hotel em Manhattan para a conferência anual de investidores da UnitedHealth Group, empresa-mãe da UnitedHealthcare. Além das anotações, a polícia também está analisando um documento de três páginas, descrito como um manifesto, encontrado com Mangione quando ele foi preso em um McDonald’s na Pensilvânia após uma caçada de cinco dias.

Segundo informações do The New York Post, o suposto manifesto continha críticas à indústria de seguros de saúde, referindo-se às empresas como “parasitárias” e expressando revolta contra a ganância corporativa. Mangione também teria mencionado o custo elevado do sistema de saúde dos EUA e como os lucros das grandes corporações aumentam enquanto a expectativa de vida da população permanece estagnada.

Em uma parte do documento, Mangione teria afirmado ter agido sozinho: “Para os federais, vou ser breve, porque respeito o que vocês fazem pelo nosso país. Para evitar uma longa investigação, afirmo claramente que não estava trabalhando com ninguém”, diz a declaração atribuída a ele.

Caso é investigado

Enquanto a investigação avança, a polícia busca determinar se Mangione foi motivado por vingança contra a indústria médica, possivelmente relacionada a dores crônicas nas costas das quais ele sofreria. Atualmente, ele se encontra detido na Pensilvânia, resistindo à extradição para Nova York, onde enfrenta acusações de assassinato pelo homicídio de Thompson.