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Mesmo após megaoperação da polícia, bandidos mantêm base na mata que separa Alemão e Penha
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Mesmo após megaoperação da polícia, bandidos mantêm base na mata que separa Alemão e Penha

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Contigo!
07/11/2025 13h53
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Nove dias depois da operação mais letal da história do Rio de Janeiro, que deixou 117 suspeitos mortos, 99 presos e resultou na morte de quatro agentes de segurança, a presença de criminosos ainda é visível nas comunidades do Alemão e da Penha. Em uma área de mata da Serra da Misericórdia, usada pelos traficantes como refúgio, um repórter flagrou um homem com roupas camufladas observando as movimentações da região. O ponto estratégico, com visão para vias importantes como a Estrada Adhemar Bebiano, ficava ao lado de uma estrutura de madeira coberta por telhas metálicas — tática semelhante à utilizada pelos bandidos durante o confronto.

Segundo a investigação, o local fica no Engenho da Rainha, nas proximidades da Favela da Flexal, também sob domínio do Comando Vermelho (CV). O secretário de Segurança, Victor César dos Santos, reconheceu que o combate ao tráfico será contínuo e que uma única operação não é suficiente para erradicar o crime. “Não consigo imaginar que, em um único dia, se acabe com algo enraizado há décadas. O desafio é grande, mas não vamos parar enquanto esses criminosos não forem presos”, declarou.

Caçada a chefes do tráfico continua

As buscas por Edgar Alves Andrade, o Doca, apontado como chefe do CV no Complexo da Penha, continuam. O Disque Denúncia já recebeu 327 informações sobre movimentações criminosas nas áreas da Penha e do Alemão, sendo 127 relacionadas diretamente a Doca. Segundo Santos, os líderes da facção são constantemente monitorados e contam com segurança dedicada. “Eles têm estrutura e apoio para esconderijos e fugas, mas nossas equipes seguem o rastro”, reforçou.

Enquanto isso, a rotina tenta voltar ao normal. Moradores e comerciantes evitam falar sobre o ocorrido, e o clima de medo ainda é evidente. “Tudo voltou a ser como antes, só que agora tem sangue”, disse um morador do Morro do Alemão. Nas ruas, ônibus voltaram a circular e escolas reabriram, mas as barricadas continuam marcando o domínio do tráfico. Em missa no Theatro Municipal, o governador Cláudio Castro homenageou os policiais mortos e reafirmou: “A flecha saiu do arco, e ela não vai voltar. Vamos combater o crime, doa o que doer”.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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