Câmara de BH vota nesta sexta projeto de tarifa zero nos ônibus
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Na tarde desta sexta-feira (3), a Câmara Municipal de Belo Horizonte deve votar em primeiro turno o Projeto de Lei que propõe a implementação da "tarifa zero" nos ônibus coletivos da capital, tornando o transporte público completamente gratuito. A proposta, baseada em um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi subscrevida por vereadores de 13 partidos, abrangendo um amplo espectro político.
Segundo o estudo da UFMG, o sistema de transporte gratuito em Belo Horizonte poderia ser custeado por diferentes fontes, buscando manter o funcionamento do serviço sem a necessidade de cobrança de passagens. Caso aprovado, o modelo poderá ser implementado em até quatro anos, já alinhado com o próximo contrato de concessão do transporte público, previsto para 2028, tornando BH a primeira capital brasileira a adotar a tarifa zero.
O Projeto de Lei conta com o apoio de vereadores de diversas legendas, incluindo PSOL, PT, PRD, PCdoB, PSD, União Brasil, Cidadania, Mobiliza, PP, PV, Republicanos, MDB e Solidariedade. A principal autora da proposta, Iza Lourença (PSOL), ressalta a viabilidade do projeto e acredita que a gratuidade no transporte público pode resultar em melhorias significativas para a capital mineira. Ela destaca que, mesmo diante do aumento da demanda, o custo do sistema se elevaria proporcionalmente em média 30%.
Por outro lado, o vereador Bráulio Lara (Novo) critica a iniciativa, argumentando que a tarifa zero não seria realmente gratuita, uma vez que alguém arcará com os custos. Ele levanta preocupações sobre a transparência e os custos crescentes do sistema de transporte público, defendendo a necessidade de uma reforma estrutural no contrato de concessão antes de discutir a gratuidade.
Entidades como a Fiemg e a CDL manifestaram-se contrárias à proposta da tarifa zero, prevendo possíveis impactos negativos na economia local, como a redução do faturamento das empresas, a diminuição de empregos formais e um aumento na inflação. Por sua vez, o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) posicionou-se de forma contrária à medida, classificando-a como "utópica e inviável".
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