Debate sobre risco de recessão nos EUA intensifica-se

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Nos últimos dias, o debate sobre a possível ocorrência de uma recessão nos Estados Unidos tem ganhado força. A incerteza em relação ao futuro da economia americana aumentou devido às novas tarifas comerciais anunciadas pelo presidente Donald Trump. Além disso, medidas de corte de empregos públicos vêm sendo promovidas como parte de um esforço para reduzir o tamanho do governo e os gastos públicos.
Embora muitos economistas destaquem que não há, no momento, um risco concreto de recessão - a qual geralmente é caracterizada por dois trimestres consecutivos de queda no Produto Interno Bruto (PIB) - a preocupação com a desaceleração econômica nos EUA é relevante devido ao peso dessa economia no cenário global, afetando países como o Brasil.
A incerteza econômica nos Estados Unidos se intensifica justamente no momento em que o presidente Trump impõe novas tarifas comerciais a países como China, Canadá e México. O clima de ansiedade aumentou após declarações do presidente à Fox News, nas quais não descartou a possibilidade de uma recessão ainda neste ano, mencionando um "período de transição" no país.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em seu recente relatório de perspectivas econômicas, rebaixou as projeções de crescimento global de 3,3% para 3,1% neste ano e de 3,3% para 3% em 2026. Quanto ao Brasil, a previsão de crescimento foi reduzida de 2,3% para 2,1% em 2025 e de 1,9% para 1,4% no próximo ano. A OCDE destaca o impacto do aumento das tarifas sobre as exportações de aço e alumínio para os EUA.
A possível recessão nos EUA poderia afetar o Brasil de várias maneiras, sobretudo nas exportações, considerando que os Estados Unidos são um destino importante para os produtos brasileiros. No último ano, as exportações para o mercado americano totalizaram US$ 40,3 bilhões. Além disso, o mercado financeiro brasileiro já sentiu reflexos da queda nos índices de ações dos EUA, com a bolsa de valores brasileira registrando baixas e o dólar em alta.


