WePink é alvo de ação do Ministério Público por práticas abusivas contra consumidores

A empresa de cosméticos WePink, da qual a influenciadora Virginia Fonseca é sócia, enfrenta uma ação civil pública movida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por supostas condutas abusivas contra consumidores. A ação foi protocolada na quarta-feira (8), após uma série de denúncias sobre irregularidades nas operações da marca.

De acordo com o MP, a WePink registrou mais de 90 mil reclamações apenas em 2024 no site Reclame Aqui, além de 340 denúncias formais no Procon Goiás entre 2024 e 2025. A investigação aponta que a empresa comercializava produtos sem possuir estoque suficiente, prática que, segundo o promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva, configura publicidade enganosa e má-fé contratual.

A defesa da WePink, representada pelo advogado Felipe de Paula, informou que a companhia ainda não foi notificada oficialmente sobre o processo e que se manifestará nos autos após receber a citação.

O MP destaca ainda um Auto de Infração emitido pelo Procon Goiás em agosto de 2025 por violação dos direitos do consumidor. Entre os casos investigados, consta o de uma cliente que aguardou sete meses pela entrega de um produto que nunca recebeu nem foi reembolsada.

Como medida imediata, o Ministério Público solicitou a suspensão das lives promocionais da WePink até que todas as entregas em atraso sejam regularizadas. Também pede que a empresa implemente um canal de atendimento com resposta em até 24 horas, um sistema simplificado de cancelamento e reembolso, e multa diária em caso de descumprimento das determinações.

Além disso, a promotoria requer indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 5 milhões, a ser revertida ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor, além de compensações individuais aos clientes prejudicados. Segundo o MPGO, os proprietários da WePink poderão ser responsabilizados diretamente pelos danos causados.

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