Home
Notícias
Aos 71 anos, homem entra na Justiça para ser reconhecido pelo pai de 100 anos
Notícias

Aos 71 anos, homem entra na Justiça para ser reconhecido pelo pai de 100 anos

publisherLogo
TNH1
09/10/2025 20h36
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/16622194/original/open-uri20251009-33-86j0aw?1760043303
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Um homem de 72 anos recorreu à Justiça em busca do reconhecimento de paternidade por parte de seu suposto pai, um idoso de 100 anos. O caso foi registrado em Piaçabuçu, no Litoral Sul de Alagoas, e foi divulgado nesta quinta-feira, 9, pela Justiça alagoana. 

Diante das limitações de locomoção do suposto pai, identificado como Otaviano Soares, o juiz Rogério Alencar, titular da Comarca, decidiu adaptar o procedimento. A audiência de conciliação e a coleta do material genético foram realizadas na residência do senhor Otaviano, no povoado Sudene, em Piaçabuçu.

“A gente chega num posto, chega num canto, e não tem o nome do pai”, relatou Manuel Messias, expressando a motivação para ingressar com a ação.

A iniciativa contou com o apoio de uma oficiala de justiça e da Secretaria Municipal de Saúde, que disponibilizou um técnico de enfermagem para auxiliar na coleta.

“A audiência de conciliação para a colheita do material genético não poderia ser feita conforme se faz tradicionalmente no fórum. Então, visando oferecer a prestação jurisdicional de forma mais ágil e efetiva para as partes, nós nos deslocamos até a residência”, explicou o magistrado.

A conciliadora Jéssica Ferreira também destacou a importância da medida. “Foi muito importante levar a justiça a essas pessoas mais distantes. É muito mais fácil, para nós, nos conduzirmos até lá, do que eles fazerem esse trajeto”.

Embora o resultado do exame ainda esteja em análise, a família já reconhece informalmente o vínculo de paternidade. “Só questão de formalização, porque todo mundo já convive junto, sabe realmente que ele é o pai. Agora, por conta de documentos, é que ele puxou para essa questão de fazer o DNA”, afirmou Ana Maria dos Santos, neta do senhor Otaviano.

O juiz Rogério Alencar ressaltou que a medida está em conformidade com a Resolução nº 425/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que visa ampliar o acesso à justiça e promover uma prestação jurisdicional mais inclusiva.

“A intenção do Judiciário é estar cada vez mais próximo da sociedade. Numa situação dessa, diante dessas pessoas que buscam a informação a respeito da sua ancestralidade, é um direito fundamental relacionado à dignidade da pessoa humana”, disse Alencar.

Ansioso, o senhor Manuel Messias aguarda o desfecho do processo. “Tô ansioso por esse momento, de botar o nome dele no meu registro.”

icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também