Pai de Henry Borel comemora cassação de Jairinho: “Justiça sendo feita”
Aventuras Na História
Na tarde de ontem, 30, uma sessão plenária da Câmara do Rio foi unânime ao decidir pela cassação do mandato do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, réu no caso do assassinato do menino Henry Borel, que tinha apenas 4 anos.
A decisão, segundo o G1, foi comemorada por Leniel Borel, pai de Henry, que declarou que a “justiça está sendo feita”, ao comentar o fato de que, agora, o ex-parlamentar não poderá exercer seus direitos políticos pelos próximos oito anos.
"Estamos vendo a justiça sendo feita. A quebra do decoro parlamentar e a respectiva cassação desse monstro é uma resposta à sociedade, devido ao covarde assassinato do meu filhinho e as demais acusações claras contra esse assassino”, dizia uma mensagem de Leniel que foi lida pelo vereador Tarcísio Motta (PSOL), depois da votação.
Por unanimidade, o plenário, que contou com a presença de parlamentares presencial e virtualmente, decidiu que Dr. Jairinho, durante as investigações da morte de Henry, cometeu quebra de decoro parlamentar.
Relembre o caso Henry Borel
No domingo de 7 de março de 2021,o engenheiro Leniel Borel deixou seu filho Henry na casa da mãe do garoto, sua ex-esposa Monique. Segundo a mulher, via UOL, o menino teria chegado cansado, pedindo para dormir na cama que ela dividia com Jairinho.
Por volta das 3h30 da madrugada, o casal foi verificar o pequeno e acabou encontrando Henry no chão, já desacordado. Monique e o vereador levaram o garoto às pressas para o hospital, enquanto avisavam Leniel, que, desconfiado, abriu um Boletim de Ocorrência.
O caso começou a ser investigado no mesmo dia e, até hoje, a polícia já ouviu cerca de 18 testemunhas. Tendo em vista que a morte do garoto foi causada por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente”, os oficiais já reuniram provas o suficiente para descartar a hipótese de um acidente, segundo o G1.
Em maio, então, a Justiça do Rio de Janeiro denunciou Dr. Jairinho e Monique Medeiros pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura, fraude processual e coação no assassinato de Henry. Eles estão presos preventivamente desde então.