Cauã Reymond fala sobre retorno à TV após seis anos e comenta gravações ao lado do irmão de sangue: “Era um sonho pra minha mãe ver a gente juntos”
Máxima
Um Lugar ao Sol, nova novela das 9 da TV Globo, já tem data de estreia. O folhetim, que é o primeiro inédito após a pandemia, e o primeiro gravado integralmente antes do lançamento, chega à TV no dia 8 de novembro e promete emocionar os telespectadores com uma história intensa.
Dirigida por Maurício Farias e escrita por Licia Manzo, a trama reúne artistas que há anos não participavam de novelas, como o próprio protagonista, Cauã Reymond.
Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 28 de outubro, da qual a Máxima Digital participou, o galã, que interpreta irmãos gêmeos pela segunda vez na carreira, contou um pouquinho sobre a trajetória de sua personagem e seu retorno cheio de desafios após seis anos longe das novelas.
“Já é raro um ator receber esse desafio [de gravar gêmeos]. Receber duas vezes é mais raro ainda”, brincou o ator quando foi questionado sobre sua preparação.
Mas, apesar de já ter feito dois personagens em uma mesma novela em outra oportunidade, Cauã Reymond revelou que, desta vez, não foi mais fácil - como muitos poderiam imaginar.
“Tive ajuda de uma coach e comecei a ensaiar e trabalhar esses personagens com, pelo menos, três meses de antecedência. Isso faz parte do meu trabalho até por conta do tamanho do desafio - e por estar voltando às novelas depois de tantos anos [...] quase seis anos sem fazer novela. Sabia que seria um desafio enorme pela frente”.
O drama consiste na história de dois irmãos que, separados desde pequenos, terão os caminhos cruzados novamente já na vida adulta e muita coisa acontecerá a partir daí. O curioso é que um deles viverá com a família e outro será adotado na infância. E essa questão específica da adoção tocou muito forte no coração de Cauã Reymond, como ele mesmo demonstrou durante a entrevista.
“Minha mãe foi adotada pela minha avó, mãe solteira. Perdi minha mãe há dois anos. Foi muito contundente pra mim, de certa forma, estar dentro desta realidade. A obra me trouxe pra esse universo, que me trouxe momentos muito duros [...] minha mãe foi adotada num contexto muito triste. Ela perdeu a irmã dela por desnutrição e aí a família dela decidiu entregá-la para a minha avó. Descobri isso durante a preparação da novela. Meu irmão, que inclusive fez meu dublê na novela, me contou”.
CAUÃ REYMOND ATUOU COM O PRÓPRIO IRMÃO
Interpretando gêmeos, era de se esperar que o ator precisasse de um dublê para as cenas mais complexas e a novidade é que essa pessoa, com quem dividiu diversas cenas, foi o seu próprio irmão - da vida real - Pável Reymond.
“Foi muito especial isso, porque eu me lembro que quando estava ensaiando com a Alinne Moraes e a nossa coach [...] surgiu a dúvida: quem será seu dublê? Aí ela [Alinne] falou: “Por que não pode ser seu irmão?”
Apesar da ideia interessante, Cauã Reymond contou que ficou receoso de fazer a sugestão ao diretor, Mauricio Farias. “Até fiquei sem jeito de falar”, assumiu. “Mas como não foi ideia minha…[risos] Achei interessante surgir de uma colega de trabalho, que conhecia meu irmão, porque eu e a Alinne Moraes fomos casados… Achei interessante e pensei que ela teve uma intuição ali”.
No final, deu tudo certo e Pável realmente fez parte da novela e, novamente, o Cauã comentou sobre a importância dessa decisão do diretor em sua vida pessoal.
“Era um sonho pra minha mãe ver a gente juntos. No leito de morte, minha mãe pediu que eu e meu irmão ficássemos juntos pra sempre e, de alguma forma, “um Lugar ao Sol” me trouxe isso”.
E sobre este fato, Farias fez questão de pontuar: “Ele [Pável Reymond] foi incrível. A gente o colocou em uma verdadeira roubada, porque o que ele fez foi muito complicado, num lugar de trabalho de muita precisão”.
E qual reflexão UM LUGAR AO SOL propôs?
Aos telespectadores que já estão ansiosos pela novela, podemos dizer que o sentimento é válido, porque ela emocionará - e muito - a todos que a assistirem, principalmente pela complexidade dos personagens e pela história tão real desses dois irmãos.
“Esses dois irmãos, principalmente um deles, me gerou muita reflexão. O Maurício Farias e o André Câmara eram as pessoas com as quais eu mais dividia minha ansiedade, angústia e reflexões de COMO encarar cada situação que meu personagem encarava. Um anti-herói. Em muitos momentos eu ficava perplexo e em outros eu sentia empatia.
Até onde você iria para conquistar oportunidades que você não teve e não teria para tentar ter uma vida digna? Até onde você se corromperia?”, refletiu Cauã, que logo afirmou: “Amadureci muito como ator e como indivíduo”.
Ansiosos? Aguardem pelas emoções que ainda os esperam em Um Lugar ao Sol, a partir do dia 8 de novembro.