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Entenda como os filtros do Instagram influenciam na vida das pessoas
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Entenda como os filtros do Instagram influenciam na vida das pessoas

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Máxima
27/05/2022 18h20
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Nesta semana, o Instagram passou por uma situação que mexeu com os internautas: os filtros pararam de ser disponibilizados. Em seguida, as mudanças foram autorizados de volta, mas nem todos os usuários conseguiram ter acesso. 

O assunto repercutiu nas redes sociais e se tornou um dos temas mais comentados. Dentre as falas, as pessoas apontaram que não gostariam de aparecer online sem as transformações na imagem. 

O psiquiatra Dr. Pablo Vinicius explicou como os filtros podem influenciar no psicológico das pessoas.

"O conselho que dou para as pessoas não serem tão dependentes dos filtros são as pessoas. As pessoas precisam passar por um processo de autoconhecimento. Primeiro gostarem do jeito que são, terem orgulho daquilo que são. Se eu nasci assim, eu preciso gostar do meu jeito m preciso gostar do jeito que eu sou. Tem pessoas que vão gostar de mim assim do jeito que eu sou, assim como tem pessoas que não vão gostar. Eu não preciso buscar unanimidade.", disse.

O especialista deu algumas dicas sobre como lidar com a situação: "Primeira dica: buscar o desenvolvimento da autoestima, do auto amor, gostar de si. Segunda: Equilíbrio nas postagens com filtros em relação as suas fotos. Terceiro: Evite excessos, você pode ficar dependente da imagem que está gerando. E a partir daí, não vai querer postar mais fotos, isso vai limitar a pessoa, e criar um problema de auto imagem Começar a ver o corpo e a aparência como defeito. Isso pode virar um transtorno psiquiátrico e levar a pessoa a recorrer. Os vários processos cirúrgicos e estéticos desnecessários.".

Como viver uma vida equilibrada e não depender dos filtros? O médico comentou sobre o assunto. 

"Impacto na saúde mental das pessoas dessa imagem idealizada com filtro. A pele fica bonita, mais jovem, cravos e espinhas somem, o cabelo fica mais brilhoso e a pessoa começa a acreditar nessa imagem, porém não corresponde a realidade. A partir daí, a pessoa passa a não se aceitar e desenvolver transtornos psiquiátricos. Os problemas não são o filtro, a pessoa pode usar, fazer uma brincadeira, meme ou post engraçado. O problema é quando o uso de filtro começa a fazer parte da vida da pessoa e ela não conseguem se desprender tornos psicológicos. Estudos mostram que aumentou muito o número de ansiedade e depressão em adolescentes. Os motivos mais prevalentes são insatisfações com a aparência, uso exagerado dos filtros para publicação de fotos do dia a dia.", disse.

O especialista deu um conselho para as pessoas não viverem tão dependentes dos filtros.

"Podemos usar sem afetar a saúde mental, sem correr a procedimentos de procedimentos estéticos constantes. A forma mais equilibrada e evitar o uso frequente, para que você não comece a acreditar que a sua pele é daquele jeito, a cor do olho, o cabelo, enfim. Podemos usar os filtros de forma lúdica, divertida e não demostrarmos aquilo que não somos. Não ceder às ditaduras da perfeição. O nariz, a boca, o cabelo não precisa ser aquele da moda, a pele não precisa ser perfeita. A beleza é múltipla, diversa e não existe um padrão. Precisamos nos empoderar de nós mesmos, ter auto estima suficiente para termos orgulho dos nossos traços e tudo aquilo que somos formados. Claro que podemos melhorar, isso é natural e legítimo. O filtro tem deixado as pessoas com vergonha de quem elas realmente são e provocam dor e sofrimento. Na medida em que a pessoa se divulga de um jeito ela está desenvolvendo angústia e isso é problemático.", falou.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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