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Douglas Souza dá detalhes de ataques preconceituosos contra ele e o namorado na Europa: ''15 horas esperando''
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Douglas Souza dá detalhes de ataques preconceituosos contra ele e o namorado na Europa: ''15 horas esperando''

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08/09/2021 20h24
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Jogador da seleção brasileira de vôlei masculino, Douglas Souza detalhou nesta quarta-feira (08) o episódio de homofobia que viveu junto do namorado, Gabriel, em um aeroporto da Europa.

O atleta contou que o tratamento que estava recebendo mudou totalmente após ele contar que Gabriel era seu namorado. Ele explicou que mostrou o documento comprovando a união estável entre os dois, mas que ficou horas sem respostas e aguardando, pois não queriam deixar seu companheiro passar.

“A gente pegou um voo de São Paulo para Amsterdã e lá tivemos que passar pelo controle de passaporte para ir para Roma. Até então, estava tudo tranquilo, na hora que a gente foi passar no controle, o cara estava super de boa, perguntou para mim o que eu ia fazer na Itália, expliquei que eu era jogador de vôlei, que tinha sido contratado por tal time. Aí ele perguntou quem era o Gabriel e eu expliquei. Quando falei que era meu namorado a fisionomia dele mudou na hora e o tratamento também. Ele perguntou o que o Gabriel ia fazer lá, eu mostrei o documento de união estável, disse que ele ia me acompanhar, trabalhar lá”, contou.

“Ele chamou um cara no telefone e disse que ele ia cuidar da gente. Levaram a gente para um outro lugar do lado da fila, onde tinha umas 20 pessoas, largaram a gente ali por umas cinco horas sem nenhum tipo de explicação. Chegava para ele para perguntar o que aconteceu, se a gente podia ajudar, passar o telefone do meu clube, porque já tinha acontecido isso com outra pessoa conhecida. Ligaram para o clube e aí deu tudo certo, liberaram. Eu achei muito estranho”, continuou.

Souza falou que, mesmo após a liberação do clube, voltaram a questionar a presença de Gabriel. Ele contou que os agentes questionaram se o clube sabia que o rapaz estava indo morar junto dele na Itália: “Perguntaram se o clube sabia que o Gabe ia morar comigo, se estava tudo bem com essa situação.”

O atleta disse ainda que percebeu um padrão no tratamento, pois estava em uma sala com 20 pessoas, sendo 18 pretas ou latinas: “Uma das pessoas se revoltou muito com a situação, porque uma moça passou na frente dele, ficou uns 15 minutos, uma loirinha de olho azul, começou a gritar porque estavam atendendo ela, se era porque ela é branca. Eu já tinha pensado nisso, mas achei que era coisa da minha cabeça”.

CONSTRANGIMENTO

Por fim, o jogador disse que resolviam o problema de todas as pessoas, menos o dele, e que ele só foi liberado quando o aeroporto já estava fechado e não tinha mais voo para Roma: “A gente teve que dormir no aeroporto porque já tínhamos passado pela imigração, não tinha nem como ir para um hotel. Ficamos largados no chão até 7h da manhã, que era o próximo voo para Roma.”.

Douglas contou que se sentiu fragilizado e constrangido com a situação, já que não pode fazer nada: “Era contra a polícia, então se a gente falasse alguma coisa, se se exaltasse, poderia ter dado problema pra gente. Se eu não tivesse vindo a trabalho, se fosse turismo, com certeza nem estaria aqui, teria voltado para casa. Até tentei pedir meu passaporte de volta, mas não quiseram devolver ali na hora. Passei 15h no aeroporto que era para ser 3 horas no máximo".

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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