Após estudo para testar efeitos da imunização em massa, Serrana apresenta queda significativa de casos e mortes por Covid-19
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De acordo com informações publicadas na última quinta-feira, 1, pelo jornal Folha de São Paulo, após a realização de um estudo idealizado pelo Instituto Butantan, para testar os efeitos de imunização em massa, o município de Serrana, no interior paulista, apresentou queda de casos de Covid-19 e mortes em decorrência do vírus.
Segundo revelado na reportagem, o município de Serrana foi escolhido para a realização desse tipo de pesquisa considerada inédita. O estudo, batizado de projeto S, pretende analisar o impacto e os efeitos da vacinação em meio à pandemia do novo coronavírus. Na cidade de 45.644 habitantes, 95,7% dos 28.380 adultos do município foram vacinados.
O projeto S teve início em 17 de fevereiro, na ocasião, o local registrava 57 mortes e 2.499 casos do vírus. Até a última quarta-feira, 30, no total, o município registrou 99 mortes e 4.261 casos.
De acordo com o estudo Instituto Butantan, desde o início da aplicação das vacinas, as internações caíram em 86%, já os casos sintomáticos despencaram em 81% e as mortes em decorrência do vírus caíram 95%.
Segundo a publicação, o mês de março apresentou mais óbitos na região, durante a etapa inicial da vacinação, com 18 vítimas fatais. Desde então, as mortes foram caindo a cada mês, com oito mortes em abril, sete em maio e seis em junho. Dois óbitos ainda seguem em análise.
O mesmo aconteceu com os casos de infecção, que desde março apresentaram queda, com uma leve alta em junho, contudo, o registro não chega nem na metade dos casos identificados em março.
Para a secretária da Saúde de Serrana, Leila Gusmão, os resultados são animadores e estão dentro das expectativas:
“A vacinação em massa foi um sucesso, reduzimos o número de casos positivos e o número de óbitos. Sabemos que teremos casos e também óbitos, pois os exclusivos, de forma diferente às vacinas em geral. Alguns desenvolvem mais imunidade, outros menos”, revelou.
Sobre a Covid-19
De acordo com as últimas informações divulgadas pelos órgãos de saúde, atualmente, o Brasil registra 18,6 milhões de pessoas infectadas, e as mortes em decorrência da doença já chegam em 520 mil no país.
Em 1º de dezembro de 2019, o primeiro paciente apresentava sintomas do novo coronavírus em Wuhan, epicentro da doença na China, apontou um estudo publicado na revista científica The Lancet em fevereiro deste ano.