Elizabeth II só chegou ao trono por conta de um dos maiores escândalos da monarquia britânica
Aventuras Na História
Uma das figuras mais conhecidas do Reino Unido, a rainha Elizabeth II também possui recordes interessantes. Além de ser a monarca com o reinado mais longo da Inglaterra, com 68 anos no poder, segundo o Guinness Book; ela também é a mais longeva entre todos os reis e rainhas, algo que alcançou em 2015, ao superar o rei saudita Abdullah Bin Abdulaziz al Saud, que morreu aos 90 anos.
Além disso, ela também é a pessoa com mais nações independentes da qual é chefe de Estado ao mesmo tempo — 15 países da Commonwealth mais o Reino Unido; e a monarca mais rica, como aponta o The Sunday Times, que levantou que sua riqueza passa da casa dos 504 milhões de dólares, isso em 2012. Hoje esse número pode ser bem maior.
Porém, o que poucos sabem, é que Elizabeth Alexandra Mary só chegou ao topo da Coroa Britânica por conta de uma sucessão de eventos. Entenda!
Rumo diferente
Antes de mais nada, precisamos entender um ponto. Segundo a tradição britânica, o primogênito de um rei ou rainha sempre é o primeiro na linha de sucessão ao trono e não seu cônjuge, como explica matéria publicada pela equipe do site do Aventuras na História.
A medida serve para que a coroa se mantenha sempre na mesma linhagem familiar — assim, como esposas e maridos de reis e rainhas possuem outra genealogia, eles ficam para trás nessa corrida. Além disso, o primogênito também fica na frente de seus tios e tias.
Agora, voltamos para a árvore genealógica de Elizabeth II. A monarca é filha do rei George VI e neta do rei George V. No entanto, seu avô teve um outro filho, este mais velho, Edward VIII. Portanto, o tio de Lilibet deveria ser o primeiro na linha de sucessão ao trono, certo?
Exatamente. E foi justamente isso que aconteceu. Mas o que mudou tudo?
O escândalo real
O reinado de Edward VIII durou poucos meses, entre janeiro e dezembro de 1936, acabando por um curioso motivo: o amor. Isso mesmo, a paixão falou mais alto que um título monárquico e fez Edward abicar do trono para viver como seu coração mandava.
Como explica matéria publicada pela equipe do site do Aventuras, os 326 dias do tio de Elizabeth II no trono inglês terminaram em uma das maiores crises constitucionais da história da monarquia britânica.
Tudo porque ele se apaixonou pela socialite norte-americana Wallis Simpson. Até aqui a história parece tudo bem, é verdade, porém, a Coroa Britânica sempre foi muito conservadora e imaginar que um rei pudesse se relacionar com uma mulher divorciada não passava pela cabeça de ninguém.
No entanto, as coisas eram ainda piores, visto que Wallis começou a se envolver com filho de George V quando ela estava se divorciando de seu segundo marido. Isso mesmo, Edward seria o terceiro casamento da socialite.
Por isso, o novo rei acabou descobrindo por meio do primeiro-ministro que seus súditos não aceitariam ter Simpson como rainha. A primeira alternativa que ele tentou para continuar a ser rei e manter a relação foi a realização de um casamento morganático.
Como explica matéria do Aventuras, esse é um tipo de matrimônio onde um nobre se casa, mas seu título não se estende até seu parceiro/parceira. Porém, a medida causaria uma alteração na lei de Sucessão do Trono britânico e as coisas não foram pra frente.
Assim, o tio de Elizabeth II tinha três caminhos pelo qual poderia optar: o primeiro, e o mais ‘simples’ deles, seria não se casar; o segundo seria enfrentar os julgamentos e ir em frente. Mas ele optou pelo terceiro, abdicar do trono. E assim o fez em 11 de dezembro de 1936.
Com isso, George V assumiu o trono, onde permaneceu até sua morte, em 6 de fevereiro de 1952. No mesmo dia, Elizabeth II assumiu seu lugar e lá está desde então.