Após Pamella Holanda ser agredida por DJ Ivis, psicólogo explica como fica o estado emocional da vítima
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Pamella Holanda viveu dias terríveis quando foi agredida por DJ Ivis. A influenciadora digital expôs as agressões sofridas e causou uma grande comoção nas redes sociais.
O psicólogo Alexander Bez falou sobre como fica a questão emocional de uma vítima desse tipo de ataque.
"O aparelho psicoemocional fica arrasado e destruído. Principalmente a autoestima, que vai gradativamente se deteriorando, onde nesse estado de 'devastação psicológica degenerativa', a possibilidade da mulher dizer não a essa ação violenta, dizer não a essa situação e dizer adeus a tudo isso, fica cada vez mais difícil.", disse o especialista.
O Dr. continuou: "Por conta da cruel realidade enfrentada, a mulher pode se tornar refém dela mesma.".
Pamella revelou que foi vítima também de terror psicológico. Dr. Alexander explicou como isso funciona.
"O terror é muito comum nesses casos, e atrelado ao sofrimento dela! Principalmente pelas intercalações a qual muitas vezes a violência é encoberta, remetendo a mulher a imaginar uma possível trégua. No entanto, essa não existe, fazendo parte apenas de uma ideia delirante, posto que a agressão, enquanto molde de caráter, é definitiva, inalterada e jamais retrocedida.", explicou.
O psicólogo continuou: "A agressividade sempre será um eterno traço efetivo de condução comportamental, podendo às vezes ficar num espaço de latência psicológica, mas que se converte rapidamente, nas ações escabrosas constituídas pela dor e pela humilhação da qual uma mulher é submetida. Essa repetição padronizada imutável de ações violentas é que modela a configuração de terror, experienciado por milhares de mulheres, assim como Pamella.".
Dr. Alexander disse que a situação é delicada: "A demora da denúncia, entretanto, é muito mais complexa do que podemos imaginar. Nenhuma mulher gosta ou tem prazer por humilhação doméstica, nem tão pouco por ficar sentindo repetitivamente as sensações amargas do medo, perpetrado por um monstro urbano. É justamente aí, através dessas manifestações de ordem psicológicas relativas ao espectro do transtorno de stress pós-traumático que a mulher fica na dúvida em fazer a denúncia, ações passivas pelo medo, medo de uma represália doméstica ainda mais severa, que a denúncia poderia causar.".
Marcas são deixadas no psíquico da mulher que passa por esse tipo de situação. O psicólogo falou sobre como superar esse trauma.
"O primeiro passo é a separação total, não só no papel, mas na vida como um todo! Fazer psicoterapia de apoio e com ênfase em elevar a autoestima, só se relacionar novamente quando a autoestima estiver estabilizada. Entender que não são todos os homens que são assim, compreender que a estrutura de personalidade do agressor é justamente a 'agressividade', o que na maioria das vezes, psiquiatricamente falando, é imutável. Saber que um homem machista-radical-covarde pode até matar uma mulher de várias maneiras, desde o físico até o emocional, já um homem de verdade, pelo contrário, morreria pela mulher. Além disso, manter os contatos sociais e familiares ativos é muito importante. E acima de tudo, permitir se amar, sabendo que você sempre vem em primeiro lugar.", orientou o especialista.