O Homem das Castanhas: série aposta em grandes reviravoltas (crítica)
Tecmundo
Desde a semana passada, quando O Homem das Castanhas foi lançada na Netflix, o público tem se questionado sobre tudo o que foi apresentado na produção dinamarquesa de apenas seis episódios do streaming. Apesar de não ter sido oficialmente renovada para uma 2ª temporada, é bastante provável que um novo bloco de capítulos seja encomendado em breve.
Isso se deve, sobretudo, a todas as problemáticas trazidas à tona pelos realizadores, que conseguiram transformar algo bastante simples, em linhas gerais, em uma trama complexa, com reviravoltas chocantes e personagens duvidosos. Dessa maneira, fique ligado em todos os detalhes da produção lendo nossa crítica completa!
(Netflix/Reprodução)
O Homem das Castanhas: vale a pena assistir a série da Netflix?
Apostar em thrillers de tirar o fôlego parece ser uma tendência das plataformas de streaming, principalmente quando as narrativas estão diretamente ligadas a questões de grande identificação com o público. É com essa premissa que O Homem das Castanhas (Kastanjemanden, no original) inicia seu primeiro episódio, trazendo algumas referências à cultura dinamarquesa.
A história é ambientada na cidade de Copenhague, quando um serial killer parece atormentar a população e a investigação do caso se vê intrigada com as evidências encontradas nas respectivas cenas dos crimes.
E dentro desse contexto narrativo, há diversos elementos interessantes ligados a essa figura tão misteriosa, afinal, o assassino possui uma assinatura bizarra. Se todas as vezes em que alguém for encontrado morto um bonequinho feito de castanhas estiver pendurado próximo do local, pode-se concluir que há um único culpado.
(Netflix/Reprodução)
Nesse sentido, a produção parte do assassinato de uma jovem que foi encontrada em um parque sem uma das mãos. Quem conduz os trabalhos é a dupla formada pelos investigadores Naia Thulin (Danica Curcic) e Mark Hess (Mikkel Boe Følsgaard), que ainda estão se conhecendo. Após diversas análises, a equipe descobre as digitais da filha da ministra dos assuntos sociais da Dinamarca, dada como morta pelas autoridades do país cerca de um ano antes.
A visualidade que conecta os episódios é bastante impressionante. Conforme evidenciado já em seu título, as castanhas são um elemento simbólico e discursivo ao longo de toda a 1ª temporada, estando diretamente ligadas à cultura dinamarquesa. Há canções típicas ensinadas desde a infância cuja oleaginosa é extremamente importante.
Com isso, os produtores conseguem traduzir em imagens tudo aquilo que foi pensado por Søren Sveistrup, escritor responsável pelo romance no qual a trama foi baseada. E mesmo que seu material de base seja bastante consistente, é evidente que a série possui grande autonomia em comparação ao livro original.
O maior trunfo da apresentação dos episódios está em oferecer mais aos espectadores do que apenas uma narrativa policial, permeada pela investigação de detetives. Aos poucos, com muita competência, a série consegue administrar seus pontos-chave para cativar a audiência e até mesmo enganar seus espectadores em alguns momentos.
Nesse sentido, alguns flashbacks são construídos de um modo interessante e sem soar forçado. O que é curioso neste quebra-cabeça são as pistas deixadas de lado que no fim fazem muita diferença. À medida que Thulin e Hess analisam as evidências, algumas questões vão sendo amarradas e, enfim, mapeadas para o público.
(Netflix/Reprodução)
Outros personagens também são trazidos à tona, como Rosa (Iben Dorner) e seu marido Steen (Esben Dalgaard Andersen). Ambos parecem desajeitados e deslocados em tudo o que estão vivendo, mas ao mesmo tempo possuem grandes traumas, grandes conflitos e grandes questões a serem resolvidas.
Um outro aspecto significativo, pensando nisso, é a caracterização do elenco, que consegue impressionar em diversas passagens e sequências. Em suma, O Homem das Castanhas é uma série que merece a atenção dos assinantes da Netflix, pois, sem dúvidas, ainda há muito a ser explorado dentro deste universo dramático.