Além da bebida: Outras proibições do Qatar durante a Copa do Mundo
Aventuras Na História
No último domingo, 20, se iniciou a Copa do Mundo de 2022, sediada este ano no Qatar. No entanto, o evento esportivo não está sendo aproveitado por todos os torcedores com tudo que gostariam, pois o país possui algumas leis extremamente conservadoras e muito próprias de lá, que muitos países não concordam, como a que criminaliza a homossexualidade e o consumo de bebidas alcoólicas nos jogos.
Por isso, um dos debates mais recorrentes na internet na atualidade é sobre a complexidade para se consumir álcool no Qatar — porque, mesmo que o hábito seja proibido, os torcedores tentam burlar a regra em segredo.
No entanto, o que nem todos sabem, é que o país possui outras restrições em seu território, algumas até mais complicadas que a da bebida.
Restrições
Além das bebidas alcoólicas, outros oito itens também estão restringidos no Qatar no atual período da Copa do Mundo. Claro, alguns deles já eram previsíveis por serem proibidos em grandes eventos em diversos países do mundo, como "armas com suas respectivas munições", "substâncias radioativas" e "entorpecentes e substâncias psicotrópicas" — este último, porém, pode abrir exceções, caso seja apresentado um documento com prescrições médicas.
No entanto, alguns outros itens da lista de proibições chamam mais atenção por serem aceitos na maioria dos países, até mesmo parecendo inofensivos. A exemplo disso, destaca-se "material para apostas", "produtos falsificados" e "imagens de extrema violência, crueldade ou pornografia".
Além deles, itens relacionados, de alguma forma, à sacralidade, também são proibidos no país do Oriente Médio, pois "podem ser ofensivos a outras religiões e cultos", como informado pelo O Globo.
Por fim, provavelmente a proibição mais complicada para muitas pessoas, assim como a das bebidas alcoólicas, é a de "carne de porco e seus derivados", visto que o Corão, livro sagrado do Islamismo, proíbe o consumo do animal.
La Roja
A última proibição mencionada, relacionada ao consumo de carne de porco e seus derivados, como salsichas e linguiças, parece ser consideravelmente inofensiva para brasileiros, que possuem um cardápio bem diversificado até mesmo no que se refere ao consumo de carnes. Porém, para a seleção espanhola — também conhecida como 'La Roja' —, ela se mostra como um problema um pouco mais complicado de se lidar.
Para a Espanha [conhecida pelo consumo de presunto], há mais um problema. La Roja terá de prescindir de um elemento fundamental do seu plantel, peça valiosa presente em todos os Mundiais disputados pela Espanha", conta o jornal espanhol Gazzetta.
Para a Espanha, a carne de porco é um elemento extremamente comum na culinária local, ou seja, além de ser um fator nutricional padrão — que muitos jogadores podem sentir falta durante a campanha no Qatar —, também carrega um valor cultural muito grande para os jogadores, o que também pode acarretar uma dificuldade de adaptação ao país.
La Roja começa deficiente, vítima de uma ausência vital, obrigada a desvirtuar de imediato a sua essência nutricional e social. Veremos o impacto que essa privação terá. No momento é impossível fazer previsões, afinal, para esta peculiar Copa do Mundo", finaliza o texto do jornal espanhol.