“Cassandra”, da Netflix: uma máquina cheia de segredos e traumas

Anamaria






Como será o mundo após o avanço da IA? Se depender da série alemã “Cassanda”, da Netflix, não será nada positivo. Em seis episódios, a trama ilustra como as máquinas podem contribuir para o erosão das relações humanas, ao narrar a história da convivência íntima de uma família com uma robô chamada “Cassandra”, que foi projetada para realizar todas as tarefas existentes em um lar tipicamente tradicional.
Tudo começa quando essa família se muda para uma casa em uma cidade pequena, após um acontecimento trágico e descobre que a nova casa possui um sistema de inteligência artificial capaz de realizar tudo, inclusive, preencher os vazios existenciais das crianças, em especial da pequena June, filha mais jovem do casal que tem apenas de 9 anos.
Já no inicio, a produção deixa evidente o comportamento frio e maquiavélico de Cassandra, ao mostrar uma em que ela mata um pequeno rato, sem motivo nenhum. Porém, ela consegue escalonar e ganha força ao narrar os motivos que levaram a IA a agir de forma tão obsessiva e macabra. Um ótimo exemplo de como as máquinas herdam, por meio do input, ou seja, das informações que fornecemos a elas, as nossas próprias falhas e fraquezas.
Além disso, “Cassandra” acerta também em fazer um contraponto temporal, entre a realidade atual da família e os comportamentos que a máquina tem, que remetem aos costumes dos anos de 1970. Inclusive, a estética retro da produção deixa tudo ainda interessante!
Não à toa está em 1°lugar entre as mais vistas da Netflix! Vale muito à pena conferir!


