Em 2020, Jacaré desabafou sobre trabalho no 'É o Tchan': "Muito complicado"
Anamaria
Afastado dos palcos há alguns anos, o dançarino Jacaré surpreendeu o público do 'BBB 23' ao aparecer no show do grupo 'É o Tchan' nesta última sexta-feira (20), em uma festa do reality. O artista foi destaque da apresentação especial do grupo baiano e mostrou que superou traumas do passado. Em 2020 ele revelou que sofreu bastante preconceito no início da carreira.
Em participação no programa 'Altas Horas', Edson Cardoso abriu o coração e disse passou por situações de discriminação nos anos 90, quando o 'É o Tchan' passou a fazer sucesso por todo o Brasil. Sendo o dançarino, as pessoas estranharam ver um homem dançando em lugar de destaque.
"Na Bahia, não [sofria preconceito]. Pelo fato de dançar, rebolar, requebrar, não. Em Salvador, como você mesmo disse, é normal. Mas quando o grupo começou a ir para o Sul e Sudeste, ir para a televisão em rede nacional, aí sim, foi muito complicado. Sempre tinha aquela coisa de gritar ‘ah, olha o veado’… Eu recebi lata no joelho, recebi muita gritaria", lembrou Jacaré, que completou 50 anos no ano passado.
Passado alguns anos, Jacaré ressignificou o período traumático e afirmou que acabou contribuído para a desconstrução de muitos homens. "Mas hoje eu fico muito feliz em ver que todo o Brasil dança, rebolando, requebrando, e espero ter contribuído para isso", disse ele.
Atualmente, Jacaré mora com a esposa Gabriela Mesquita e os dois filhos no Canadá, onde vivem desde 2016. Por lá ele trabalhou como figurante de filmes e séries, mas no momento tem atuado como garoto-propaganda da empresa de imigração e vistos para brasileiro no Canadá.