Em exclusiva, Giovanna Antonelli conta tudo sobre sua versão empreendedora
Anamaria
A atriz já ‘amargou’ uma questão recorrente a tantas mulheres: na adolescência, tinha muito pelo no corpo e isso a incomodava. “Vivia fazendo depilação com cera. Sentia dor e desconforto. Até que, aos 19 anos, descobri o método a laser.” Na época, existiam poucos lugares que realizavam o procedimento e custava caro! A atriz, então, foi presenteada por uma amiga: “Fiz o corpo inteiro [risos]”.
A partir daí, sua relação com a estética mudou. “Me tirou vários traumas”, conta. E a solução pessoal virou negócio! Sim, além de emprestar seus dotes artísticos na TV, cinema e teatro, Gio também tem faro e tino para empreender. Hoje ela é dona da GiOlaser, uma franquia de depilação a laser, e concretizou o sonho de criar uma empresa de tratamentos faciais e corporais que pudesse democratizar o acesso aos procedimentos, unindo preços baixos à alta tecnologia: “Foi um encontro de propósitos, sempre pensando em levar qualidade e excelência com acessibilidade”.
Muito além de pensar em oferecer serviço bom com custo acessível, o que já denota empatia, ela tem consciência do papel que exerce na sociedade: “Tenho orgulho de ser brasileira, apostar no meu País e gerar emprego”.
Ela tem mesmo um baita talento para a dramaturgia e uma veia empreendedora invejável. Mas, acima de tudo, tem um espírito altruísta e solidário. “Mais importante do que pensar no quanto você vai ganhar é trabalhar para compartilhar os ganhos com outras pessoas. Dividir para multiplicar: é assim que o negócio cresce”. Palmas à Giovanna Antonelli!
Confira a exclusiva com a atriz:
Você já revelou que sua primeira experiência com depilação a laser foi aos 19 anos e que isso mudou sua relação com a estética. Explique.
Sim, eu tinha uma quantidade de pelo que me incomodava e vivia fazendo depilação com cera. Sentia muita dor e desconforto. Até que, aos 19 anos, descobri o método a laser. Quando fiz a primeira sessão, fiquei impressionada com o resultado. Dali em diante, só pensava em compartilhar essa solução com todo mundo. Na época, era um procedimento caro e eu só fiz porque ganhei o tratamento. Eu queria muito poder democratizar esse segmento e ter um espaço onde todo mundo pudesse ter acesso à depilação a laser. Sem dúvida, esse foi o gatilho que me fez empreender a GiOlaser.
Como surgiu a ideia de investir no mercado de estética? Tem a ver com a máxima do “eu vendo o que compro”?
Claro! E o procedimento de depilação a laser foi o primeiro que despertou isso em mim. Eu empreendi com parceiros na época e a ideia era expandir o negócio numa rede de clínicas, até que conheci a doutora Carla Sarni, do Grupo Salus, hoje minha sócia querida, em uma gravação de uma campanha para uma outra marca dela. Sabe quando o universo se alinha? Eu tinha o desejo de expandir e ela tinha o fermento ideal para fazer o negócio crescer. O franqueamento da marca precisa estar aliado a uma gestão cirúrgica do negócio. Foi um encontro de propósitos, sempre pensando em levar qualidade e excelência com acessibilidade.
A marca teve um crescimento de 333% em 2021. A que você atribui tamanho sucesso? Sua credibilidade como artista ajudou a alavancar o empreendimento?
A visão de negócios sempre voltada para as necessidades do nosso consumidor, sem dúvida, foi o grande combustível para esse crescimento, mesmo em meio a um cenário tão complicado. Fomos ágeis na busca por soluções para operar a marca mesmo com as clínicas fechadas, no momento mais sensível da pandemia. Numa iniciativa pioneira, colocamos um e-commerce no ar e começamos a vender pacotes que as pessoas poderiam usufruir quando tudo voltasse a funcionar dentro da nova normalidade. Foi uma estratégia muito vencedora porque tínhamos a esperança desse retorno. Passamos por toda a pandemia acelerando e não fechamos nenhuma loja. Fidelizamos cada cliente, daí um pacote virou dois, três... Isso puxou nosso crescimento de forma extraordinária!
Como é sua participação na tomada de decisões na GIOlaser?
A Carla e eu somos muito parceiras e próximas o tempo todo. Participo do desenho da estratégia até a execução na ponta. Gosto quando estou perto dos franqueados e do time interno. A parte administrativa fica com ela e eu fico junto ao time de marketing. E, assim, juntamos a fome com a vontade de comer [risos].
Atriz e empreendedora: como encara o desafio de conciliar dois trabalhos distintos?
São duas coisas que eu amo muito e não consigo me enxergar abrindo mão de uma ou de outra, e, quando a gente ama muito o que faz e tem disciplina, tudo se acomoda de maneira natural. Quando eu estou em algum projeto como atriz, que consome muito meu tempo, me desdobro para estar sempre perto dos negócios. Disciplina e equilíbrio são boas dicas. Sem falar o superpoder feminino, né? Conseguimos conciliar vários papéis e darmos conta de tudo!
Com dezenas de novelas no currículo, pensa em ‘sair dos holofotes’ e se dedicar só aos negócios?
Eu amo atuar e consigo conciliar bem esses dois papéis, como falei antes [risos].
De esmaltes à linha de perfumes que assina, você tem o poder de transformar produtos que levam seu nome em tendência. Qual o segredo para tamanha proeza?
Ser de verdade! Não coloco meu nome em nada que eu não ame ou entenda que meu público não vai amar. E, principalmente, gosto de empreender com acessibilidade. Esse sempre foi meu foco. Quero que tudo que carregue meu nome, minha marca, seja acessível para todos. É uma alegria encabeçar tendências atemporais que são realmente abrangentes. Uso o que eu vendo. Isso faz essa conexão genuína com o público que me segue há décadas.
E de onde vem as inspirações de seus projetos?
Alguns projetos partem de mim, como foi o caso da GiOlaser, outros já nascem dentro das marcas e meu time me traz. Se faz sentido para mim, eu toco. Se não faz, eu nem gasto energia.
Por que escolher empreender?
Porque empreendendo eu me conecto com o meu público, giro uma máquina de transformação, que é primordial para o desenvolvimento do País, e eu acho isso de extrema importância. Hoje, por meio dos meus licenciamentos e da GiOlaser, emprego milhares de pessoas de maneira direta e indireta. Recebo muitos depoimentos de mulheres que conseguiram empreender uma atividade econômica por meio dos produtos e serviços que carregam minha marca. Fazer parte dessas histórias é minha maior motivação para seguir firme nessa jornada de empreendedorismo. Impactar e conectar pessoas, seja por meio de um papel na novela ou de uma cor de esmalte, ou ainda uma transformação que promova autoestima e autoconfiança: tudo isso é um propósito para mim.
Inspirar mulheres comuns com seu trabalho na dramaturgia e gerar empregos com a rede de franquias desperta em você qual sentimento?
Gratidão e privilégio! Clichê, mas real. Sou muito grata por fazer girar uma engrenagem que gera empregos e renda e, ao mesmo tempo, com um papel numa novela, cinema ou teatro, poder inspirar pessoas também. Aliás, muitas vezes, até transformar suas histórias. É realmente um privilégio fazer o que a gente ama.
Para as mulheres ‘anônimas’ que sonham em conquistar um espaço no mundo do empreendedorismo, qual conselho dá a elas?
Antes de agir, trace um plano, por mais simples que seja, e tenha um propósito maior do que o de simplesmente ganhar dinheiro. Analise o público que quer atingir, pesquise a maneira mais simples e direta de conseguir concretizar esse objetivo. Empreender é sobre vencer desafios diários e saber conectar pessoas e marcas. Mais importante do que pensar no quanto você tem a ganhar é trabalhar para compartilhar esses ganhos com outras pessoas. Dividir para multiplicar: é assim que os negócios crescem.