Pizane desabafa sobre seu processo de identificação racial: "Cheguei a passar borracha na pele"
Anamaria
A passagem de Lucas Pizane no BBB 24 trouxe à tona não apenas sua participação no reality, mas também questões profundas relacionadas à identidade racial e ao colorismo. Recentemente, um internauta compartilhou as diversas interpretações sobre a identidade racial do músico, ressaltando como as percepções das pessoas variavam entre branco, pardo, indígena e moreno. Diante disso, o ex-BBB decidiu esclarecer o processo de identificação que enfrentou ao longo da vida.
Pizane revelou que, desde a infância, enfrentou um desafio significativo de identificação devido ao colorismo. Ele compartilhou um episódio marcante de sua infância, onde uma colega de escola se recusou a namorar com ele por considerá-lo preto. Esse acontecimento levou ele a uma tentativa dolorosa de embranquecimento, destacando a profunda influência do colorismo em sua jornada.
“Tive um grande problema de identificação, na minha infância, por causa do colorismo, em alguns ambientes, eu era claro demais pra ser preto, em outros, escuro demais pra ser branco. Até que pedi a menina que eu gostava, na escola, em namoro e ela me disse que não poderia aceitar, porque eu era preto, eu cheguei a passar a borracha na minha pele, achando que iria embranquecer. Tinha 7 anos”, iniciou Pizane.
"Entendo o processo de miscigenação no Brasil, mas, me desculpem, desde que isso aconteceu, passei por um grande processo de autoaceitação e toda vez que o IBGE bate na minha porta eu me declaro como preto, com muito orgulho!", declarou o ex-BBB.
A experiência de Lucas Pizane ressalta não apenas a diversidade e complexidade da identidade racial no Brasil, mas também destaca a importância de discussões mais amplas sobre o colorismo e seus impactos na sociedade.
