Produtora explica como foi escalação do elenco jovem de 'Elas por Elas'
Anamaria
A trama de 'Elas por Elas' envolve cinco amigas que se reúnem após 25 anos sem se ver. E desde o primeiro capítulo, foi possível ver o grupo durante a adolescência, por meio de flashbacks. A produtora de elenco Dani Pereira foi a responsável por escalar os atores mais jovens.
Em entrevista ao Gshow, ela explicou quais foram os seus critérios. Dani se guiou para além dos traços físicos de Deborah Secco, Maria Clara Spinelli, Thalita Carauta, Isabel Teixeira, Mariana Santos, Késia e Karine Teles.
JUSTIFICATIVAS
Lara: “Por uma questão de a Débora ter um rosto específico, a princípio, eu queria levar a personagem para um lugar numa escalação que tinha mais a ver com o papel e não tanto com a fisionomia. (...) A Kíria foi principalmente pelo teste que ela fez e pelo que ela apresentou da personagem. E acabou dando muito certo nos dois casos (afinidade do papel e fisionomia), né? Porque ela está bem equivalente à Deborah em termos de interpretação.”
Renée: “A Shi foi um caso de escalação interessante. Eu não a tinha no meu banco de memória. A sugestão veio por meio do Felipe Barbosa, um dos nossos diretores, com quem ela já tinha trabalhado. A gente fez um trabalho em cima de um monólogo que os autores me deram para os testes, mas que só tinha as personagens no presente. Falei para a Shi que não tinha como escrever a personagem para ela e nem tinha ainda cena o suficiente para dar. (...) Propus que ela construísse uma dramaturgia sobre quem seria a Renée do passado, a partir do presente. Neste caso, a semelhança (com a Maria Clara Spinelli) eu já tinha. O que fazia sentido era tentar aproximar as duas (fases da personagem). Quando apresentei o teste dela, foi unânime. E talvez nem precisasse do teste para constatar, porque a primeira imagem que a Shi construiu virtualmente já era a Renée que a gente queria.”
Adriana: “A Mari já tinha feito teste comigo para o papel da filha da Thalita Carauta em Todas as Flores. Obviamente, isso já criou uma referência para mim. Ela chegou a fazer o primeiro teste presencial ainda sem personagem, pois não tínhamos ainda a definição das sete protagonistas. E isso foi muito gostoso de perceber, porque, quando escalamos a Thalita para Adriana, vimos que no teste da Mari tinha semelhanças com a personagem. Não tivemos que encaixar pela semelhança.”
Helena: “A Fernanda já tinha feito o mesmo personagem que a Isabel Teixeira, em um flashback de Amor de Mãe. Então, também já estava no meu radar. Chegamos a pensar nela para o papel da Carol. A Fernanda teve uma coisa engraçada. No teste, ela não apresentou uma construção de Helena, ela ainda não sabia o papel. Mas ela tem uma construção (de personagem) muito parecida com a da Isabel. Entendi, que ela tinha uma ligação com a Isabel. Principalmente, pela formação no teatro.”
Natália: “Quando chamei a Jade para o teste, estava pensando na Monica Iozzi (escalada originalmente para Natália). Assisti a Jade em um vídeo do Porta dos Fundos e, na hora que eu vi, me veio a Mônica. O teste dela foi genérico, não queríamos forçar nada, para que ela fizesse naturalmente. Quando ela chegou, a diretora pediu uma adaptação e ela, de forma impressionante, decorou em cinco minutos um monólogo complexo de Natália, uma personagem com muitas questões emocionais. Quando houve a mudança da atriz, a Jade já era Natália. Talvez, ela não tenha tanta semelhança (com a Mariana Santos), mas, com o talento dela, acho que o público compra.”
Taís: “A Liza foi um encaixe muito interessante. Ela fez um teste lindíssimo de Taís. Ela foi uma das atrizes que foi testada para a Ísis, que era o texto genérico que eu tinha para passar (durante o período de bateria de testes para escalação). Com o monólogo de Ísis, ela entregou. Ela tem um tom de romance que chega ao humor... É a dramédia! Que é o cerne da novela.”
Carol: “Eu tinha uma outra atriz para o papel, mas que foi realocada para outro projeto. Aí acontece que o destino ajudou a gente. Já conhecia o histórico da Sabrina. Fiz teste com três atrizes. No dela, foi unanimidade. Rolou de forma virtual e foi um texto adaptado para a Carol, mais assertivo à personagem, já que estávamos com prazo. Agora, vendo no ar, de uma certa maneira, ela é a que menos precisava de dica, em termos de fisionomia com a Karine Teles. Mas como ela é uma grande atriz, uma menina estudiosa e diversa, já que também canta, dança e é dubladora, ganhou a personagem de uma maneira (única)."