Quando começar a Introdução Alimentar do bebê? Especialista ensina
Anamaria
Olá, pessoal da AnaMaria! Para iniciar de maneira segura a oferta de novos alimentos ao bebê, é importante que, além da idade de seis meses de vida tenha sido atingida, alguns sinais e habilidades devem estar presentes. Portanto, não basta apenas ter a idade mínima, outras questões devem ser consideradas em conjunto.
Eu fui conversar sobre o assunto com a nutricionista Nathalia Escudeiro, e ela me explicou que, a estes sinais e habilidades, chamamos de Sinais de Prontidão para a Introdução Alimentar. São eles:
- Sustentar a cabeça, com pescoço bem firme;
- Sentar, mesmo que seja com pequeno apoio lateral;
- Perder gradualmente o reflexo de protrusão da língua (cuspir/empurrar com a língua a comida);
- Mostrar interesse e disposição pelos alimentos.
Os sinais 1 e 2 são imprescindíveis para que o bebê possa ser alimentado com segurança, sem risco de engasgos. "Logo, bebês não devem ser alimentados na posição inclinada, e se você estiver precisando fazer dessa maneira, significa que seu filho(a) não está pronto", explica a nutricionista.
Assim, vale ressaltar que a postura durante a alimentação é algo fundamental, e os pais ou responsáveis não devem insistir. "Sobre o reflexo de protrusão da língua, ele não é um sinal que impede o início da introdução alimentar, a perda desse reflexo sinaliza um amadurecimento do bebê e, aos poucos, ele sumirá", avisa Nathalia.
DEIXE TOCAR
O sinal de prontidão de interesse e disposição pode surgir de um dia para o outro, e nele notamos uma curiosidade pelo o que está sendo oferecido. "O bebê quer pegar, amassar, cheirar, esfregar... nem sempre vai levar a boca de imediato. A disposição para o momento da refeição é o ponto-chave deste sinal", garante Nathalia.
Um bebê disposto a ficar na cadeira de alimentação, que observa tudo o que acontece na mesa da família, abre a boquinha se você leva algo para ele, está disposto a iniciar este processo de introdução alimentar. Certo?
A nutricionista, inclusive, sempre orienta as famílias a exporem seus filhos ao momento de refeição da família, mesmo antes de iniciar efetivamente a alimentação complementar. "Ir colocando na cadeira e deixando com o que o bebê participe do momento de refeição, faz com que este último sinal de prontidão seja estimulado", ressalta. Este estímulo é equivalente ao que vocês fazem tentando colocar o bebê sentadinho ou para engatinhar. Tudo é estímulo!
Observar esses sinais indica uma maturidade motora, cerebral e fisiológica de que o bebê pode receber outros alimentos. Com estes sinais presentes, sabemos que a criança fará a digestão dos alimentos e a absorção dos nutrientes de maneira adequada. Todo o sistema digestivo precisa estar pronto para receber o alimento, por isso não basta ter apenas a idade correta.