Sharon Stone descobre mioma após diagnóstico errado; saiba mais sobre o tumor
Anamaria
A atriz Sharon Stone, de 64 anos, revelou na última terça-feira (1º) a descoberta de um mioma uterino, identificado após um diagnóstico inicial errado. Nas redes sociais, ela afirmou que o erro médico ainda resultou em uma cirurgia desnecessária.
“Acabei de ter outro diagnóstico errado e procedimento incorreto. Desta vez, [com anestesia] epidural dupla. Eu tenho um grande tumor fibroide que deve ser retirado", escreveu Stone em suas redes sociais, revelando que só descobriu o problema após continuar com dores e procurar um segundo profissional.
Reconhecida por ser uma defensora da saúde feminina, Sharon já falou abertamente sobre os nove abortos espontâneos antes de adotar seus filhos e usou o caso do diagnóstico errôneo para alertar outras mulheres: “Não se deixem enganar. Recebam uma segunda opinião. Isso pode salvar a sua vida", disse.
Apesar do caso de Sharon, o ginecologista e obstetra Geraldo Caldeira, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), afirma que quadros de mioma são de fácil identificação para o médico. Segundo ele, é incomum que um profissional experiente com ultrassom confunda o tumor com outra patologia e erre o diagnóstico.
SINTOMAS E TRATAMENTO
Caldeira explica que sentir cólicas, além de aumento do fluxo menstrual e da dor são os sintomas mais comuns de um mioma, mas que esses sinais só aparecem conforme o tumor aumenta de tamanho. “Fora os sintomas citados, por ser benigno, o tumor não apresenta riscos para a saúde da mulher”, garante.
O tratamento varia conforme o caso: quando o mioma é considerado pequeno, basta o acompanhamento profissional via ultrassom, para acompanhar se ele não muda de tamanho. “Por outro lado, quando atinge um tamanho maior do que cinco centímetros, o tratamento passa a ser cirúrgico, visando a retirada do tumor, em um procedimento conhecido como miomectomia”, explica.
Apesar de haver exceções, Caldeira afirma que casos do tipo estão ligados ao histórico familiar e a pacientes que apresentam níveis altos de estrogênio, hormônio produzido nos ovários. Ao mesmo tempo, mulheres negras e que ainda não tiveram filhos também são mais propensas a desenvolver esse tumor, segundo ele.