5 casos já exibidos que poderiam ser ‘recuperados’ no Linha Direta
Aventuras Na História
Apresentado pelo jornalista Pedro Bial, o Linha Direta voltou a ser exibido pela Rede Globo após 15 anos. Logo na estreia, o programa recordou o sequestro e assassinato de Eloá Cristina. Na semana passada, foi a vez de revisitar a Barbárie de Queimadas.
Com Pedro Bial, o Linha Direta passa pela sua quarta fase: Hélio Costa foi o primeiro apresentador, entre março e junho de 1990; entre maio do mesmo ano e agosto de 2000, a atração foi comandada por Marcelo Rezende. A terceira delas, e também a mais longeva, teve Domingos Meirelles no ar entre 17 de agosto de 2000 e 6 de dezembro de 2007.
Em seu auge, o Linha Direta chegou a disponibilizar uma central telefônica de 24 horas para receber denúncias anônimas com pistas sobre os foragidos mostrados pelo programa. Segundo o Memória Globo, entre 1999 e 2007, a atração ajudou a prender mais de 400 criminosos.
A popularidade do Linha Direta era tamanha que o programa marcou época ao apresentar casos que chocaram a sociedade brasileira. Relembre os 5 episódios mais emblemáticos da atração e que poderiam ser revividos na nova fase!
1. Incêndio no Edifício Joelma
A maior audiência da história do Linha Direta aconteceu em 2005, quando Domingos Meirelles recordou o incêndio do Edifício Joelma, que deixou 189 pessoas mortas e outras 345 feridas.
+ Escadas improvisadas e pânico: O minuto a minuto do incêndio do Joelma
Na manhã chuvosa de 1º de fevereiro de 1974, por volta das 8h45, um curto-circuito em um aparelho de ar condicionado no 12º andar iniciou uma das maiores tragédias do país. Em cerca de cinco minutos, o fogo e uma nuvem densa de fumaça preta passou a tomar conta dos corredores do edifício comercial, que abrigava mais de 750 traabalhadores pelos seus 25 andares.
Mas o Linha Direta foi além do incêndio do Joelma, trazendo a tona o histórico de eventos trágicos que ocorreram naquele terreno. Em 1948, por exemplo, antes da construção do Joelma, o local era uma residência.
Nela vivia o professor Paulo Camargo, que naquele ano matou sua mãe e suas duas irmãs antes de cometer suicídio. Ele enterrou o corpo das três vítimas em um poço no quintal. Segundo recorda o Gaúcha ZH, um dos bombeiros que participou da descoberta dos corpos faleceu em decorrência de infecção cadavérica.
2. Máscaras de Chumbo
Em 20 de agosto de 1996, dois corpos foram encontrados estirados no chão no Morro do Vintém, em Niterói, no Rio de Janeiro. As vítimas — Manoel Pereira da Cruz e Miguel José Viana, residentes da vizinha Campos dos Goytacazes — chamaram a atenção por usarem um sobretudo preto e máscaras feitas de chumbo.
+ Entre Óvnis e drogas psicodélicas: O misterioso caso das Máscaras de Chumbo
Como se a cena não fosse estranha o suficiente, no bolso de um dos trajes foi localizado um bilhete dizendo: "16:30 Hs está local determinado. 18h30 Hs ingerir cápsula após o efeito, proteger metais aguardar sinal máscara".
Os cadáveres não apresentavam marcas de tiros ou facadas e o estado de putrefação dos corpos impediu uma resolução mais completa. Além disso, moradores testemunharam terem visto o avistamento de um ÓVNI na região quando a dupla morreu.
O mistério das Máscaras de Chumbo foi tema de dois programas do Linha Direta. O primeiro exibido em 1990 e o outro em 2004, trazendo novidades. A principal delas é que o caso não foi desvendado em decorrência de negligência médica, visto que a autopsia não ocorreu já que as vísceras das vítimas apodreceu enquanto Miguel e Manuel estavam no IML.
3. O caso Wellington Camargo
Um dos episódios mais midiáticos do Linha Direta diz respeito ao sequestro de Wellington Camargo em 16 de dezembro de 1998, em Goiânia. Irmão da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano, Wellington só foi liberado em 21 de março de 1999.
Quando foi capturado, os criminosos pediram cinco milhões de dólares como pagamento de resgate. Para pressionarem a família da vítima, um pedaço da orelha de Camargo foi enviado para a sucursal do SBT em Goiânia. Wellington foi solto após o pagamento de 300 mil dólares aos sequestradores.
Com exclusividade, o Linha Direta fez um verdadeiro dossiê do caso, mostrando não só entrevistas com familiares da vítima e alguns dos criminosos, mas também o motivo de Wellington ter sido escolhido, as torturas que ele sofreu e detalhes da negociação dos sequestradores com Zezé — incluindo conversas telefônicas entre os familiares de Camargo e os bandidos. 23 pessoas acabaram presas por conta do sequestro; e outras duas ainda estavam foragidas.
4. Rua do Arvoredo
Em 2006, o Linha Direta resgatou os bárbaros crimes ocorridos na Rua do Arvoredo, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, entre 1863 e 1864. Acredita-se que, após matarem suas vítimas, o policial José Ramos e sua companheira húngara Catarina Paulsen venderam os restos mortais ao açougue de um comparsa, o alemão Carl Claussner.
+ Os insólitos crimes da Rua do Arvoredo, em Porto Alegre
Quando as autoridades chegaram na Rua do Arvoredo (atualmente Fernando Machado), um corpo humano foi encontrado em avançado estado de decomposição. A vítima seria o próprio Claussner, que teve sua cabeça e membros separados do tronco.
No poço desativado do imóvel, na parte dos fundos da casa, também havia restos mortais do taverneiro Januário Martins Ramos da Silva e de seu caixeiro, José Ignacio de Souza Ávila, que foi morto com apenas 14 anos.
Os policiais encontraram, ainda, o corpo mutilado de um cachorrinho, que pertencia ao jovem caixeiro. O animal teria latido e chamado a atenção, sendo morto pela dupla como queima de arquivo.
5. Vampiro de Monte Santo
O último dos casos também é um dos mais chocantes e brutais mostrados pelo programa. Trata-se dos crimes cometidos por Benedito Gomes Rodrigues, o Vampiro de Monte Santo. O crime foi exibido pelo programa em 2000.
Na década de 1960, Benedito Gomes Rodrigues matou a sangue-frio 17 pessoas em sete estados do Brasil. O Vampiro de Monte Santo perdeu sua mãe quando tinha apenas três anos, sendo criado por seu pai alcoólatra, que o agredia.
Portador de encefalopatia, doença mental causada pela falta de oxigenação no cérebro quando o bebê ainda está no útero da mãe, Benedito Gomes Rodrigues tinha o costume de beber o sangue de suas vítimas.
Benedito foi detido em 1967. Dois anos depois, foi internado no Manicômio Judiciário de Franco da Rocha, em São Paulo, mas acabou fugindo em 27 de junho de 1991. Desde então, nunca mais se ouviu falar do Vampiro de Monte Santo.