A cláusula do testamento de Robin Williams que expira em 2039

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O testamento do falecido ator Robin Williams, que nos deixou em agosto de 2014, revela disposições claras e restritivas sobre o uso de sua imagem, conforme relatado pelo Hollywood Reporter em 2014. De acordo com o documento, a utilização da imagem de Williams em publicidade e filmes foi limitada por um período de até 25 anos após seu falecimento.
O testamento traz detalhes minuciosos sobre as condições sob as quais a imagem do ator pode ser empregada em produções audiovisuais e anúncios publicitários até 11 de agosto de 2039. A cláusula estabelecida impede a inserção digital de sua figura em espetáculos, filmes ou propagandas até a data estipulada.
Nascido em Chicago em 21 de julho de 1951, Williams, cujo suicídio foi confirmado por autópsia, transferiu os direitos de seu nome, assinatura, fotografias e imagens para a fundação de caridade Windfall Foundation. Além disso, ele especificou que, caso a Windfall Foundation enfrente complicações fiscais, o dinheiro deve ser destinado a outras instituições reconhecidas, como Médicos Sem Fronteiras ou Make-a-Wish, que permitem deduções fiscais.
Essa medida tinha como objetivo proteger sua família de possíveis problemas com a Receita, de acordo com o portal Exame.
Novas tecnologias
A decisão reflete a conscientização dos representantes de Robin Williams sobre as novas tecnologias capazes de "ressuscitar" celebridades falecidas, como hologramas em shows, e evidencia a intenção de preservar a integridade do legado do ator.
Há um caso semelhante ocorre com os herdeiros de Michael Jackson (1958-2009), que enfrentam questões tributárias com o governo dos Estados Unidos, acumulando uma dívida de US$ 500 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão) em impostos sobre direitos de publicidade do Rei do Pop.
A aparição de um holograma de Michael Jackson no Billboard Music Awards de 2014 trouxe à tona os desafios e complexidades relacionados ao uso póstumo de imagens de personalidades icônicas.


