A esquecida Margaret, irmã da rainha Elizabeth II
Aventuras Na História
Considerada uma das figuras mais emblemáticas e polêmicas da realeza britânica, a princesa Margaret, irmã da rainha Elizabeth II, se envolveu em inúmeros escândalos ao longo de sua vida, desde traições até seu divórcio.
Juventude na realeza britânica
Nascida no dia 21 de agosto de 1930, a princesa Margaret era a filha mais nova do rei Jorge VI, do Reino Unido, com a rainha Isabel Bowes-Lyon, sendo a primeira pessoa da família real a nascer na Escócia em muitos anos. Margaret passou boa parte de sua infância em Windsor, ao lado de sua irmã mais velha, a rainha Elizabeth II.
A primeira celebridade da realeza foi criada pela sua governanta escocesa, chamada Marion Crawford, responsável pela sua educação. Em 1936, viu sua vida mudar por completo quando seu tio o Rei Edward VIII abdicou da coroa, o que levou seu pai, George VI, a assumir o trono. Embora Margaret soubesse que Elizabeth II seria a próxima na linha de sucessão, isso lhe trouxe inúmeras responsabilidades que ela não estava preparada.
Após a morte de seu pai, Elizabeth II subiu ao trono, aos 25 anos. Margaret, por sua vez, passou a ter uma maior exposição, já que tinha se tornado a segunda opção na linha de sucessão para assumir a coroa.
No entanto, a princesa era uma notável apreciadora das artes, e por isso, teve contato com inúmeros artistas da época. Tal fato foi importante para quebrar com paradigmas da realeza, uma vez que ela foi responsável por refletir e inspirar mudanças nas atitudes da monarquia britânica.
Vida amorosa
Dois anos após a coroação de sua irmã, Margaret escandalizou a sociedade britânica por anunciar que iria se casar com Peter Townsend, um piloto da Força Aérea Real, 16 anos mais velho do que ela e divorciado. No entanto, após pressão familiar, a princesa anunciou publicamente o rompimento com o seu grande amor.
Anos mais tarde, Margaret se relacionou com o futuro primeiro-ministro canadense John Turner. No entanto, em 6 de maio de 1960, casou-se com o fotógrafo Antony Armstrong-Jones, filho de Ronald Armstrong-Jones e de sua primeira esposa, Anne Messel — a condessa de Rosse, na Abadia de Westminster.
Considerado o primeiro casamento real moderno, a cerimônia foi a primeira na história da família real a ser televisionada para mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. A partir desse momento, Margaret foi intitulada como a Condessa de Snowdon.
Ao longo da união, o casal teve dois filhos: David Armstrong-Jones, o 2.º Conde de Snowdon, intitulado como Visconde Linley, e Sarah Frances Elizabeth Armstrong-Jones, atualmente chamada de lady Sarah Chatto.
No entanto, seu casamento com Armstrong-Jones foi repleto de altos e baixos, e regado de inúmeras traições. Por anos, o fotógrafo se envolveu com diversas mulheres, sendo a mais conhecida Lucy Lindsay-Hogg.
Embora Margaret soubesse das traições, não podia pedir divórcio por causa das regras de sua família. Para tentar esquecer os casos do marido e as violências verbais que sofria, a princesa viajou para a ilha particular de Mustique, onde se apaixonou pelo jovem Roddy Llewellyn.
Em 1976, o romance se tornou público, e gerou diversos problemas para a Condessa de Snowdon. Em julho de 1978, tornou-se uma das primeiras mulheres divorciadas da realeza britânica.
Suposta tentativa de suicídio
Extremamente abalada com o assédio da mídia e a pressão familiar, Margaret cada vez mais se sentia triste e sozinha. Segundo o jornal The Guardian, uma biografia sobre a rainha Elizabeth II, publicada em 1996, afirma que Margaret teria ingerido uma grande quantidade de calmantes, sendo socorrida por médicos.
No entanto, de acordo com o jornal The Telegraph, os rumores teriam sido negados pela família real britânica. Pouco tempo depois do ocorrido, Margaret disse em entrevista ao mesmo veículo que estaria cansada e queria dormir apenas. Não se sabe ao certo a motivação da monarca, e inúmeras especulações foram criadas, até mesmo que o motivo seria ciúmes de Roddy.
Vício e fim da vida
Segundo a obra "Noventa e Nove Vislumbres da Princesa Margaret", de Craig Brown, ela fumou cigarro durante 15 anos, e este vício lhe rendeu diversos problemas de saúde. Em 1985, a monarca foi submetida a uma cirurgia no pulmão. Em 1993, contraiu uma grave pneumonia e, pouco menos de um ano depois, sofreu um derrame.
No dia 9 de fevereiro de 2002, Margaret sofreu mais um ataque do coração, mas dessa vez foi fatal. A monarca faleceu aos 71 anos, no Hospital King Edward VII, em Londres. Seu funeral foi um evento particular e aconteceu no mesmo dia do aniversário de morte de seu pai.
Esta foi a última vez, também, que a Rainha mãe foi vista, pois poucos dias depois veio a falecer. Única e especial, Margaret continuou quebrando protocolos reais mesmo após a sua morte, pois diferente de todos os outros membros da família real, seu corpo foi cremado.