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A inusitada história do urso que consumiu droga e inspirou filme
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A inusitada história do urso que consumiu droga e inspirou filme

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Aventuras Na História
03/02/2025 17h30
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©Ferrett333 e Divulgação
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O inusitado filme "O Urso do Pó Branco", dirigido por Elizabeth Banks, será disponibilizado no catálogo da Netflix no próximo dia 13.

A trama gira em torno de um urso que consome pacotes de cocaína que foram acidentalmente lançados em uma floresta na Geórgia durante uma operação de contrabando mal-sucedida.

Na narrativa do filme, o urso, sob efeito da droga, inicia um frenesi de destruição, colocando em risco a vida dos moradores locais.

Simultaneamente, os contrabandistas, liderados pelo personagem Syd White (interpretado por Ray Liotta), buscam desesperadamente sua carga desaparecida, sem imaginar que estão prestes a se tornar presas para o urso.

O filme

No entanto, o que muitos podem não saber é que existe uma história real por trás do longe-metragem em questão.

A versão real dos acontecimentos, entretanto, é bem menos eletrizante. Em 1985, autoridades descobriram vestígios de pacotes de cocaína na Floresta Nacional Chattahoochee-Oconee, nos Estados Unidos, enquanto investigavam drogas descartadas por um contrabandista aéreo.

Conforme repercute o Entertainment Weekly, cada um dos 40 pacotes continha aproximadamente um quilograma de cocaína, com um valor estimado em até 20 milhões de dólares na época.

Perto do local, os investigadores encontraram um grande urso já sem vida, que aparentemente havia consumido parte da droga. Segundo um artigo da Associated Press publicado na época, as autoridades acreditavam que o animal tinha ingerido "vários milhões de dólares em cocaína".

O urso chegou antes de nós e rasgou o saco onde estava a cocaína e acabou morrendo por overdose", declarou Gary Garner, da Georgia Bureau of Investigation.

Garner ainda acrescentou: "Não sobrou nada além de ossos e uma pele grande" ao comentar sobre o urso.

Urso
Cena do filme "O Urso do Pó Branco" - Divulgação

A história real

Os detalhes sobre o que ocorreu nas quatro semanas entre o consumo da droga pelo urso e a descoberta de seu corpo permanecem um mistério, no entanto, é provável que o animal tenha sucumbido rapidamente à intoxicação. Não há evidências que indiquem que o urso tenha causado pânico ou danos à comunidade local, ou seja, bem diferente do que é retratado no filme.

"Seu estômago estava literalmente cheio de cocaína até a borda. Não há mamífero no planeta que sobreviva a isso", explicou o legista, que guiou a necropsia do animal, durante entrevista ao The New York Times. "Hemorragia cerebral, insuficiência respiratória, hipertermia, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral. O que você quiser, aquele urso tinha".

A origem dos pacotes de cocaína encontrados na floresta está ligada a Andrew Thornton, um oficial de narcóticos americano e suposto líder de gangue.

Durante uma missão de contrabando originada na Colômbia, ele deixou cair os pacotes enquanto pilotava seu avião Cessna. Após despejar a carga, Thornton ativou o piloto automático do avião e saltou com drogas amarradas ao corpo.

Ele, entretanto, subestimou provavelmente a capacidade do paraquedas ou se enroscou nos cabos, resultando em sua morte ao aterrissar no quintal de um residente em Knoxville, Tennessee.

Em seu corpo foram encontradas as chaves do Cessna não tripulado que havia colidido contra uma montanha na Carolina do Norte. Dias depois, pertences pessoais como roupas e mapas foram localizados próximos ao sul de Atlanta.

Apesar da imagem pacata das florestas da Geórgia, Andrew Thornton era conhecido por sua notoriedade criminal na região e era considerado líder de uma operação local chamada "The Company". Quando seu corpo foi encontrado, ele usava colete à prova de balas e carregava US$4.500 em dinheiro, além de armas.

Já o urso teve um destino inesperado: acabou empalhado e alvo de turistas mais curiosos que visitam Kentucky.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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