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A Sociedade da Neve: Como os sobreviventes tinham tantos cigarros na montanha?
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A Sociedade da Neve: Como os sobreviventes tinham tantos cigarros na montanha?

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Aventuras Na História
16/01/2024 21h01
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15995897/original/open-uri20240116-18-10rfgn7?1705438968
©Divulgação/Netflix
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Nos últimos tempos, um dos assuntos mais comentados entre aqueles que acompanham os últimos lançamentos na Netflix é o filme 'A Sociedade da Neve'. Dirigido pelo cineasta espanhol Juan Antonio Bayona, o longa retrata um dos acidentes aéreos mais chocantes da história da América do Sul, aquele que ficaria conhecido como "a Tragédia dos Andes".

Na história real, era 13 de outubro de 1972 quando o Voo Força Aérea Uruguaia 571, que viajava de Montevidéu, no Uruguai, com rumo a Santiago, no Chile, caiu em meio aos Andes. A bordo da aeronave, havia inicialmente 45 pessoas, das quais uma boa parte morreu após a queda, e outros devido às intempéries do ambiente extremamente inóspito, como avalanches e o próprio frio e fome.

O que mais choca na história, porém, é que os sobreviventes — ao fim de tudo, somente 16 pessoas ainda estavam vivas — resistiram mais de 70 dias em um dos lugares menos habitáveis do mundo e, para tanto, precisaram lidar com a escassez de alimento de uma forma bastante extrema: alimentando-se de seus companheiros que faleciam em meio à luta pela sobrevivência.

Porém, outro fato que chama atenção no filme é que é perceptível, ao longo do tempo em que acompanhamos os sobreviventes, que eles nunca ficam sem cigarros. Mas afinal, isso é real? Entenda!

Cigarros infinitos?

Inicialmente, é importante pensar que, na época em que o acidente aconteceu, em meados da década de 1970, fumar era ainda mais comum do que hoje em dia. Tanto que, mesmo que o avião transportasse uma equipe esportiva — o time uruguaio de rugby Old Christians Club —, somente dois dos jogadores não fumavam, explica o Screen Rant.

No entanto, a verdadeira razão para o grande número de cigarros é outra. Após muitos questionamentos, Juan Antonio Bayona, através de sua conta no X, antigo Twitter, debateu o assunto. A ideia de dois dos passageiros é que, em uma época de escassez no Chile, todos tivessem cigarros disponíveis. 

Veja no Twitter
twitter

Some of you are wondering why there were so many cigarettes on the plane and also why, if the characters were able to light them, they didn’t light a fire.
The first question has an answer straight from @pfvierci ’s book:

"The tail of the plane was full of packs of cigarettes.”… pic.twitter.com/CMsKgCFRjW

January 12, 2024

"No início da década de 1970, havia escassez de cigarros no Chile, e Javier Methol (sobrevivente) e Francisco “Pancho” Abal (falecido) eram acionistas da Abal Hermanos, empresa de tabaco. Por isso levaram tantas caixas de cigarros, com a intenção de compartilhar com todos. Aliás, o cigarro, assim como a comida, foi racionado durante os 72 dias na montanha", escreveu ele.

Javier Methol, interpretado por Esteban Bigliardi em 'A Sociedade da Neve' (2023) / Crédito: Reprodução/Netflix

+ A Sociedade da Neve: Veja como os verdadeiros sobreviventes aparecem no filme

E o fogo?

Outro aspecto levantado por aqueles que assistiram 'A Sociedade da Neve', além da aparente quantidade infinita de cigarros do grupo, relaciona-se à possibilidade de o grupo fazer sinais de fumaça. Afinal, se eles tinham como usar isqueiros para acender cigarros, por que não poderiam fazer uma fogueira para serem facilmente identificados?

A verdade é que, por mais que houvesse isqueiros disponíveis — visto que grande parte do grupo era composto por fumantes —, o ambiente em que estavam não era favorável.

E o fogo? Por que eles não utilizaram para se aquecer? Porque as poucas coisas que eles tinham que podiam ser queimadas estavam muito molhadas", escreveu o diretor através do X.
Cena de 'A Sociedade da Neve' / Crédito: Divulgação/Netflix

Além do mais, mesmo que eles conseguissem fazer uma fogueira, o local em que o avião caiu era de baixíssima visibilidade. Isso sem mencionar que eles não tinham objetos inflamáveis o suficiente para causar um incêndio relevante. Logo, o que lhes restou foi apenas a possibilidade de usar os isqueiros para fumar.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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