Além de Eloá: os outros dois casos que serão reconstituídos no Linha Direta
Aventuras Na História
Após 15 anos, nesta quinta-feira, 4, volta para a programação da Rede Globo o programa ‘Linha Direta’, comandado agora pelo apresentador Pedro Bial. A produção seguirá o mesmo formato da primeira transmissão, sendo mostrado em cada edição um crime já solucionado pela justiça e outro em aberto, para que assim, o público, possa ajudar com informações no disque denúncia.
O programa, conforme apurou o jornal O Globo, foi um sucesso nas décadas de 1990 e 2000, e na versão atual contará com a apresentação de laudos de perícia em 3D, inovações tecnológicas e a inclusão de imagens de vídeos de câmeras de segurança e captadas por celular, e irá abordar alguns temas atuais, como violência contra crianças, feminicídio, racismo, LGBTfobia e golpes virtuais. Além disso, o apresentador da atração comandará entrevistas com figuras-chave das investigações e parentes de vítimas.
Conforme já anunciado, o primeiro caso a ser tratado no programa será o da menina Eloá Pimentel, que em 2008 foi sequestrada e mantida em cárcere privado em seu apartamento por seu ex-namorado, Lindemberg Alves Fernandes. No final de toda situação, a jovem foi morta por Lindemberg com um tiro na cabeça e outro na virilha.
Além desse caso conhecido, o programa também abordará o assassinato de Henry Borel e a barbárie de Queimadas.
Henry Borel
O crime recente do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, chocou a opinião pública, e, no começo das investigações, foi tratado como uma morte acidental, quando Henry, em 8 de março de 2021, foi levado pela mãe e padrasto para o Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro.
Na ocasião, quando chegou ao hospital, segundo informações dos médicos que o atenderam, o menino estava com uma parada cardiorrespiratória, porém, os resultados da necropsia feita no IML mostrou que Henry estava com múltiplos sinais de trauma, sendo constatado hemorragia interna e ferimentos no fígado, traços típicos de agressão.
Passado um mês após a morte de Henry, Monique Medeiros e Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, mãe e padrasto do menino, respectivamente, foram presos por suspeita de tentar atrapalhar as investigações. De acordo com a polícia, a mãe da criança sabia que Jairinho agredia Henry.
Atualmente, Jairo segue preso preventivamente em Bangu 8, e será julgado por homicídio e torturas, e Monique, após deixar de cumprir a prisão preventiva, responde ao processo em liberdade desde agosto do último ano, por decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Ela será julgada por homicídio e coação no curso do processo. O júri popular onde os dois serão avaliados ainda não tem data marcada.
Caso da Barbárie de Queimadas
Na madrugada de 12 de fevereiro de 2012, em Queimadas, no Agreste da Paraíba, uma festa de aniversário teve um estupro coletivo envolvendo cinco mulheres violentadas, tendo duas vítimas, sendo elas a professora Izabella Pajuçara e a recepcionista Michele Domingos.
Os responsáveis, os irmãos Luciano e EduardodosSantosPereira, se organizaram para abusar de cinco convidadas de uma festa de aniversário para Luciano. Para realizar o crime, teriam chamado outros cinco homens e três adolescentes.
Na ocasião, os irmãos teriam comprado cordas e lacres para prender as mulheres, além de terem forjado um assalto para que eles conseguissem rendê-las. Assim, vestindo capuzes, eles renderam cinco das sete mulheres que estavam no local da festa, e ainda dois homens, que não eram abusadores, foram rendidos. Naquele dia, as únicas que não foram violentadas na festa foram as mulheres dos irmãos.
Ainda, Izabella havia reconhecido um dos agressores, e junto com Michelle, que tinha ouvido a primeira comentando sobre os mesmos, foram mortas com três e quatro disparos, respectivamente.
Dentre os criminosos, em 2014, Eduardo foi condenado a 108 anos de prisão, porém, em 2020, o mesmo fugiu da penitenciária onde se encontrava detido. Já, o outro condenado, Luciano, segue preso em regime fechado, e foi condenado a 44 anos de prisão.