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Assassina do machado: Candy Montgomery matou a amiga com 41 machadadas e foi absolvida
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Assassina do machado: Candy Montgomery matou a amiga com 41 machadadas e foi absolvida

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Aventuras Na História
13/03/2023 23h00
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©Divulgação e Reprodução/Vídeo
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Um ato impulsivo no meio de uma discussão pode acarretar uma tragédia e mudar uma vida para sempre. Mas será que após 41 machadadas, uma pessoa pode ser absolvida de um crime brutal? Candy Montgomery foi e, agora, sua história foi adaptada pela HBO Max. Conheça o crime real que inspirou 'Love and Death', produção estrelada por Elizabeth Olsen que estreia em 27 de abril. 

Bela, recatada e do lar

Nascida em 15 de novembro de 1949, Candance Lynn Montgomery é uma mulher tipicamente norte-americana. Criada sob as bases da Igreja Metodista, sempre foi muito religiosa e conservadora. Um verdadeiro exemplo para sua comunidade. 

Casada com o engenheiro elétrico Pat Montgomery, Candy teve dois filhos e era a responsável pelos cuidados do lar. Assim, mantinha a rotina de dona de casa na cidade texana de Wylie. 

Em sua comunidade, recorda matéria do Splash, do UOL, Candy dava aulas de ensino religioso e também era empreendedora, sendo dona de uma pequena empresa de decoração. Por esses motivos, era muito querida pelos colegas da Igreja, que nutriam uma admiração por sua pessoa. 

Durante um dos encontros religioso que os Montgomery participavam, Candy se tornou amiga de Betty Gore. Afinal, ambas partilhavam coisas em comum: além da maternidade, Betty também era professora — nesse caso de uma escola primária. 

Candy Montgomery /Crédito: Reprodução/Vídeo

 

Mas parece que as mulheres partilhavam mais um desejo em comum: Allan Gore, esposo de Betty. Durante um jogo de vôlei promovido pela igreja, em meados de 1978, Candy passou a sentir uma atração pelo sujeito. 

Amor proibido 

Acima de qualquer impedimento religioso e moral, Candy e Allan se entregaram ao desejo carnal e se tornaram amantes. O caso extraconjugal era extremamente planejado para que ninguém desconfiasse. 

Os amantes, para isso, se encontrariam apenas uma vez a cada duas semanas. Além do mais, nos encontros só aconteceria sexo casual. Candy ainda ficou desempenhada por preparar a refeição dos pombinhos proibidos, e os demais custos seriam divididos entre eles. 

Mas um ponto era mais importante nisso tudo: a relação jamais poderia envolver amor. Caso Allan ou Candy sentissem que estava se apaixonando um pelo outro, eles acabariam com tudo e retomariam suas vidas. A mulher não cumpriu com o acordo e se entregou de corpo e alma. 

Mas a vida extraconjugal sofreu atritos quando Allan, mesmo traindo Betty, engravidou a esposa pela segunda vez, em julho de 1979. A sra. Gore não teve uma gestação nada fácil, recorda o UOL, desenvolvendo um quadro de depressão pós-parto.

Paralelo a isso, começou a desconfiar que o marido lhe traia, o que contribui ainda mais para suas angústias e incertezas. Allan resolveu se afastar de Candy para cuidar de sua relação. 

41 machadadas

Até esse ponto, parece que a história entre Candy e Allan teria sido apenas um ‘deslize’ no meio do caminho. Ledo engano. O fim do caso terminou em um brutal assassinato. Tudo começou cerca de um ano depois. 

Quando a filha mais velha dos Gore passou um período na casa dos Montgomery, em junho de 1980, tudo parecia ter sido superado pelo casal de amantes. Como as famílias ainda era muito próximas, Candy jamais desconfiou que sua amiga soubesse o que havia acontecido entre ela e Allan. 

No dia 13 daquele mês, Betty foi à casa dos Montgomery pegar uma peça de roupa que a filha deixou no local. Aproveitando que Candy estava sozinha no local, ela confrontou a amiga sobre a traição. 

Após pedir para Candy esquecer seu marido, Betty se ‘descontrolou’ e tentou agredi-la. A discussão só acabou após Betty Gore ser brutalmente assassinada com 41 golpes de machado. 

Sem ser capaz de esconder os rastros da violência, foi questão de tempo para Candy ser apontada como autora do ato violento. O que corroborou ainda mais para essa linha de investigação foi que Allan contou às autoridades sobre seu relacionamento extraconjugal com a mulher. 

Já em julgamento, Candy Montgomery assumiu o crime, mas apontou que Betty havia lhe atacado primeiro com o machado e que os contragolpes serviram como autodefesa — apesar do procurador argumentar que 41 machadadas seriam um exagero considerável e Candy teve a opção de poupar a vida de Betty após o primeiro golpe. 

O juri, porém, formado por nove mulheres e três homens, considerou que Cindy era inocente. A mulher ainda contou com o apoio e suporte de seu marido, que lhe perdoou pela traição. Os dois se separaram após quatro anos. 

Atualmente com 73 anos, Candy Montgomery mudou seu nome. Morando atualmente na Geórgia, ela atua como terapeuta familiar. Apesar de julgada inocente, foi eternizada pela mídia norte-americana como 'assassina do machado'.

Cena da série 'Love and Death', da HBO Max /Crédito: Divulgação

 

Além de ‘Love and Death’, da HBO Max, sua história também foi contada em ‘Candy: Uma História de Paixão e Crime’, minissérie original da Star+.

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