Atriz indígena desaprova 'Assassinos da Lua das Flores': 'Normaliza a violência'
![publisherLogo](https://timnews.com.br/system/media_partners/image_1x1s/4386/thumb/Aventuras_na_Histo%CC%81ria.png)
Aventuras Na História
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)
O mais recente filme de Martin Scorsese, ‘Assassinos da Lua das Flores’, um dos filmes mais esperados de 2023, enfrentou duras críticas da atriz indígena canadense Devery Jacobs. Conhecida por seu papel como Elora Danan Postoak na série ‘Reservation Dogs’, ela acusou o filme de desumanizar os nativos americanos.
Em uma série de 15 publicações no formato de thread do X (anteriormente conhecido como Twitter), a atriz compartilhou sua experiência “dolorosa” ao assistir ao filme, que foi lançado nos cinemas brasileiros em 19 de outubro de 2023.
Jacobs detalhou suas preocupações sobre como o longa retratou os nativos americanos, apontando para a desumanização como um tema central de sua crítica:
“EU TENHO PENSAMENTOS. TENHO SENTIMENTOS FORTES. Este filme foi doloroso, cansativo, implacável e desnecessariamente gráfico. Sendo nativa, assistir a esse filme foi um inferno,” escreveu. “Imagine as piores atrocidades cometidas contra seus ancestrais, depois ter que assistir a um filme explicitamente preenchido com eles, com a única trégua sendo cenas de 30 minutos de caras brancos assassinos falando sobre/planejando os assassinatos”.
Mas embora todas as atuações tenham sido fortes, se você olhar proporcionalmente, cada um dos personagens Osage parecia dolorosamente subscrito, enquanto os homens brancos recebiam muito mais cortesia e profundidade”, continuou.
Normalização da violência?
Em outro trecho, ela disse: “Não creio que essas pessoas muito reais tenham recebido honra ou dignidade no retrato horrível de suas mortes”, continuou a atriz. “Pelo contrário, acredito que ao mostrar mais mulheres nativas assassinadas na tela, isso normaliza a violência cometida contra nós e desumaniza ainda mais o nosso povo”.
Não acredito que isso precise ser dito, mas as pessoas indígenas existem além de nossa dor, trauma e atrocidades. Nosso orgulho de sermos nativos, nossas línguas, culturas, alegria e amor são muito mais interessantes e humanizadores do que mostrar os horrores que os homens brancos nos infligiram," afirmou Devery Jacobs.
“Em suma, após 100 anos da forma como as comunidades indígenas foram retratadas no cinema, será esta realmente a representação de que precisávamos?”, concluiu, segundo a Rolling Stone Brasil. O filme já está disponível nos cinemas, confira o trailer:
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)