Bob Dylan pediu para que um detalhe ficasse de fora de 'Um Completo Desconhecido'

Aventuras Na História






A partir desta quinta-feira, 27, os cinemas brasileiros recebem a estreia de "Um Completo Desconhecido", uma cinebiografia que explora a vida e os relacionamentos do renomado cantor e compositor Bob Dylan, indicado ao Oscar de Melhor Filme.
Uma das solicitações mais significativas feitas por Dylan à equipe do filme foi a utilização de um nome fictício para sua primeira namorada: Suze Rotolo. A atriz Elle Fanning, que interpreta a personagem, revelou em entrevista ao Splash que essa decisão visou proteger a privacidade de Suze, que não era uma figura pública.
E a Suze já morreu, então esse relacionamento continua sendo muito precioso para ele", afirmou Fanning.
Suze Rotolo
No longa, Suze é apresentada em "Um Completo Desconhecido" sob o nome de Sylvie Russo. Fanning esclareceu que essa alteração é a única licença criativa no filme, embora a essência do relacionamento entre ela e Dylan seja fiel à realidade.
"Por ser um filme, às vezes datas são trocadas, ou talvez eles cantem uma música num lugar diferente, porque foi necessário para a narrativa. Mas o relacionamento deles, sinceramente, é bem similar a como foi na vida real", destacou.
Suze Rotolo é reconhecida não apenas por seu romance com Dylan, mas também por estar na capa do álbum icônico "The Freewheelin' Bob Dylan". O casal manteve um relacionamento entre 1961 e 1964, quando Suze tinha apenas 17 anos e Dylan 20.
Ao longo de sua vida, ela se dedicou a diversas formas de arte, desde joias até pintura e ilustração, embora sua conexão com o músico tenha sido um dos aspectos mais destacados de sua biografia até seu falecimento em 2011.
Para se preparar para o papel, Fanning recorreu ao livro de memórias de Suze, intitulado "A Freewheelin' Time" (2008), no qual ela narra não só seu relacionamento com Dylan, mas também o contexto dos jovens ativistas em Nova York durante os anos 1960.
"Ela era muito envolvida com a política, e seu relacionamento com Bob era muito puro e cheio de amor. Parece que eles realmente se amavam muito, mas inevitavelmente... Ele não conseguia oferecer o que ela precisava. No nosso filme, pelo menos, ele sempre escolhe a arte, e não as mulheres", refletiu a atriz.
Fanning elogiou a direção de James Mangold ao dizer que o filme apresenta Bob Dylan através das interações com as pessoas ao seu redor e o impacto que deixou na vida delas: "[James Mangold] montou esse filme de forma tão bonita que você conhece Bob por meio de todas as pessoas que ele conhece e com quem toca, e pela marca que ele deixou em cada uma".


