Bordel, Josefina e 'Barão de Kepen': A vida íntima de Napoleão Bonaparte
Aventuras Na História
No próximo dia 22 de novembro, chega aos cinemas de todo o Brasil o filme 'Napoleão', novo trabalho de Ridley Scott — diretor britânico responsável também por clássicos como 'Alien, o Oitavo Passageiro' (1979), 'Blade Runner' (tanto a versão de 1982 quanto a de 2017) e 'Gladiador' (2000) — e protagonizado pelo vencedor do Oscar de Melhor Ator em 2020, Joaquin Phoenix. O longa promete ser um dos melhores dramas históricos do ano, disputando com 'Assassinos da Lua das Flores', de Martin Scorsese e 'Oppenheimer', de Christopher Nolan.
O verdadeiro Napoleão Bonaparte, general francês que se tornou imperador, marcou a história da França, ao redesenhar seus mapas e expandir o império. Segundo a sinopse, o filme apresentará "as origens do comandante militar Napoleão e sua rápida ascensão, com uma visão através do prisma de seu relacionamento e muitas vezes volátil com sua esposa e por ser amor verdadeiro, Josefina."
Mitos
Uma figura emblemática da História, Napoleão conquistou muitos simpatizantes ao longo de sua vida, mas, provavelmente, ainda mais inimigos. Isso é o que justifica a existência de muitos boatos relacionados a ele que, geralmente, se provam mentiras com uma pesquisa. Exemplos são os comentários acerca de sua altura ou mesmo o tamanho de seu pênis.
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No entanto, Napoleão não precisa de mentiras contadas sobre si para ser uma pessoa que chama atenção ao se descobrir certos detalhes. Em especial no que se refere à sua vida íntima.
Um exemplo de peculiaridade é sobre a vez em que perdeu a virgindade. Segundo o historiador Andrew Roberts, autor da biografia 'Napoleão: Uma Vida' (2014), o episódio ocorreu em "uma experiência particularmente suja", num bordel de Paris. Além do mais, só teve sucesso na relação com a quarta prostituta. "Ele não era o homem extremamente confiante sexualmente que se tornou", contou Roberts em entrevista em 2015 ao The Standard.
Napoleão e Josefina
Porém, a pessoa descrita por Roberts como a razão para os detalhes mais curiosos da vida íntima de Napoleão foi sua primeira esposa, a imperatriz Josefina de Beauharnais. Isso porque, durante o casamento, ela foi infiel ao imperador; e ele, quando descobriu, também engatou diversos casos.
Napoleão descobriu quando estava no deserto do Egito, e então embarcou no primeiro de seus 22 casos amorosos", afirmou o historiador.
Quem também comentou sobre os casos de Josefina foi o professor Michael Broers, acadêmico da Universidade de Oxford: "Nos primeiros anos, ela o tratava como lixo. Ela estava tendo casos debaixo do nariz dele", disse ele, que é autor de 'Napoleon: Soldier of Destiny', ao The Sun. “Quando ele volta da campanha egípcia, ela está tendo um caso com outro homem".
Apesar disso, mesmo que o relacionamento entre Napoleão e Josefina não fosse o mais romântico do mundo, as primeiras cartas trocadas entre o casal eram bastante abrasadoras. "Quero dizer, incrivelmente erótico", destaca Roberts.
Ridley Scott, diretor do longa, descreve as cartas como "comicamente rudes e juvenis, excessivamente românticas e até bastante sujas”. No entanto, ele acredita que a amada não ficou impressionada com as declarações de Napoleão: "Ela nunca os leu", repercute o The Sun.
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Fetiches e apelidos
Um destaque notado pelo historiador Andrew Roberts era a obsessão do general por cunilíngua — sexo oral em uma vagina —, ele falava constantemente sobre o assunto com a amada. "Ele dizia a ela: 'não se lave por três dias' porque iria gostar de fazer com ela quando ela não estivesse limpa. Isso era realmente básico", explicou o historiador.
Ainda assim, por mais que detalhes sobre a relação sejam conhecidos por Roberts, ainda existem lacunas e detalhes das cartas que o historiador não compreende: "Josefina fez algo na cama chamado ziguezagues e estou desesperado para descobrir o que são. Fiz pesquisas primárias, procurei, mas não consegui encontrar nada."
Também não sabemos por que Napoleão chamou suas partes íntimas de Barão de Kepen. Quem foi o Barão de Kepen para justificar esse apelido?", já perguntou Roberts em festivais literários, "mas nem um sussurro. A sexologia é uma coisa muito complicada."