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Cidade Tóxica: saiba o que aconteceu com Susan McIntyre na vida real
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Cidade Tóxica: saiba o que aconteceu com Susan McIntyre na vida real

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Aventuras Na História
02/03/2025 14h20
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©Divulgação/Netflix
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Uma das séries mais assistidas por brasileiros no catálogo da Netflix, "Cidade Tóxica" revela a trágica realidade de crianças que nasceram com deficiências devido à contaminação por resíduos tóxicos.

Composta por quatro episódios, a produção retratada como o Conselho de Corby recuperou uma antiga usina siderúrgica entre 1984 e 1999. Esse processo resultou na dispersão de resíduos tóxicos pelo ar, afetando a população local.

Muitas mulheres grávidas inalaram, sem saber, uma combinação perigosa de produtos químicos, o que levou ao surgimento de malformações congênitas.

A trama é centrada em Susan McIntyre (interpretada por Jodie Whittaker), que luta incansavelmente por justiça para seu filho Connor, nascido com uma mão deformada.

Durante décadas, McIntyre e outros pais processaram o conselho local, conseguindo comprovar que este havia ocultado os efeitos nocivos dos resíduos tóxicos.

Com isso em mente, saiba mais sobre a verdadeira Susan McIntyre e sua busca por justiça.

Cidade Tóxica
Cena da série 'Cidade Tóxica' - Divulgação/Netflix

Complicações

Susan McIntyre se mudou para Corby, Inglaterra, quando tinha apenas três anos. Em uma entrevista ao jornal The Times of London, publicada em 9 de fevereiro, McIntyre compartilhou que trabalhou em fábricas na região e era mãe solteira de Daniel e Connor McIntyre.

Ela relatou que sua gravidez com Connor, nascido em 1996, foi marcada por complicações severas. "Tudo deu errado, desde pré-eclâmpsia até diabetes gestacional. Fiquei internada cerca de cinco semanas até seu nascimento", contou.

Connor nasceu sem dedos na mão esquerda e passou por 20 cirurgias corretivas durante a infância. Ao descobrir que o Conselho de Corby era responsável pela contaminação, McIntyre passou a buscar justiça.

Susan McIntyre e Jodie Whittaker
Susan McIntyre e Jodie Whittaker - Divulgação/Netflix

"O Sunday Times veio até minha casa e disse: 'Acreditamos que há um problema em Corby com crianças nascendo com deformidades. Podemos contar sua história?' Foi assim que tudo começou e nunca parou", relembrou.

Ela passou a usar a mídia para conscientizar sobre a batalha legal e o impacto que a deficiência de seu filho teve em sua vida. No documentário da BBC de 2020, "Toxic Town: The Corby Poisonings", McIntyre explicou que Connor sofreu bullying devido à sua condição.

"Ele não tinha paz com essas crianças; sofreu tanto bullying que chegou a chorar e dizia 'Mãe, não quero sair porque as pessoas estão olhando para minha mão'. Ele começou a morder a mão e tentou cortá-la. Mas eu acho que isso era um pedido de socorro. Tudo o que Connor queria era ser uma criança normal, crescer e seguir com sua vida. Mas ninguém lhe deu uma chance", desabafou.

Susan McIntyre e outras mães envolvidas no caso colaboraram com a produção da Netflix e se encontraram com os atores Whittaker e Aimee Lou Wood durante as filmagens.

Acordo

No âmbito legal, o grupo de mães e seus filhos processaram o Conselho de Corby com o auxílio do advogado Des Collins (Rory Kinnear), sob supervisão do juiz Mr Justice Akenhead no Tribunal Superior, informa o Business Insider.

Em audiência realizada em 2009, Akenhead determinou que havia um número "estatisticamente significativo" de defeitos congênitos em Corby, responsabilizando o conselho por "perturbação pública, negligência e violação do dever estatutário".

Em 2010, o conselho chegou a um acordo financeiro com o grupo afetado. Firmado o acordo, Chris Mallender, executivo-chefe do Conselho de Corby, declarou: "O conselho reconhece que cometeu erros na limpeza do antigo local da British Steel anos atrás e estende suas mais profundas condolências às crianças e suas famílias. Embora eu aceite que dinheiro não pode compensar adequadamente essas pessoas jovens por suas deficiências e tudo o que sofreram até agora, esperamos sinceramente que esse pedido de desculpas juntamente com o acordo permita que eles deixem para trás essa batalha legal e sigam suas vidas com maior segurança financeira."

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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