Com espetáculo sobre Virginia Lane, Cacau Hygino relembra vedete: 'Se sentia uma carta fora do baralho'
Aventuras Na História
No final do mês, o Teatro Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, recebe o espetáculo 'A vedete do Brasil. O ator e autor Cacau Hygino estreia a peça ao lado de Renata Mizhari a respeito de um dos nomes mais icônicos do teatro brasileiro: Virginia Lane.
Durante participação no “SerArtistaPodcast”, de Marcus Montenegro, que será exibido nesta quarta-feira, às 20h, Hygino explica que buscou falar da relação íntima da vedete.
"Não busquei falar a biografia da Virgínia e sim da relação dela, com a filha adotiva Marta, deixada por um caseiro e foi uma mãe superprotetora, não deixando a filha fazer algumas coisas que ela fazia, tipo usar saia curta", explicou ele durante a entrevista.
Os depoimentos de Virginia Lane também foram importantes para Cacau pensando no espetáculo.
"Tive que ler muitos depoimentos da Virgínia e um deles era já pensando no futuro e pelo massacre em ser mulher, sendo taxada de vulgar, put* e ordinária, e muitos outros que feriam a integridade de uma mulher. Ela se defendia dizendo ser sido criada com princípios e religião, dois pilares importantes. Mas se sentia uma carta fora do baralho com tantas injustiças e adoecia", explicou ele.
A vedete do Brasil
Na peça, Suely Franco vive a vedete. Nascida em fevereiro de 1920, Virgínia Giacone se tornou um ícone. Além de brilhar no teatro, também tinha talento para a música. Sua carreira conta com filmes como “Alô, Alô, Carnaval”, “Está Tudo Aí”, “Banana da Terra”, “Céu Azul”, “Entra na Farra”, “Laranja da China” e “Samba em Berlim”.
Nome marcante no teatro de revista brasileiro, recebeu do próprio Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, o título 'A Vedete do Brasil'. Sua trajetória também foi marcada por afirmar que teve um relacionamento duradouro com Vargas.
Teve uma intensa carreira cinematográfica e virou um dos maiores ícones do teatro de revista brasileiro, ao receber o título de ‘A Vedete do Brasil’ pelas mãos de Getúlio Vargas, com quem afirmava ter mantido um relacionamento por mais de dez anos.
Agora, sua saga é resgatada no musical que mostra a mulher por trás do ícone e o preconceito que encarou em vida com figurinos destemidos e repertório livre, com marchinhas marcadas por conotação sexual. De 30 de novembro a 28 de janeiro, 'A vedete do Brasil' poderá ser conferido quinta, sexta e sábado às 19h30; domingo às 18h00.