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Demônio do vento, seca e pragas: Quem é Pazuzu, entidade maligna de 'O Exorcista'?
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Demônio do vento, seca e pragas: Quem é Pazuzu, entidade maligna de 'O Exorcista'?

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Aventuras Na História
05/10/2023 17h02
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©Foto por PHGCOM pelo Wikimedia Commons / Reprodução/Warner Bros. Pictures/HBO Max
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Na próxima quinta-feira, 12 de outubro, um dos mais aguardados filmes de terror do ano chegará aos cinemas de todo o Brasil: 'O Exorcista - O Devoto'. Dirigido por David Gordon Green, o longa acompanha Victor Fielding, que "ao notar que sua filha Angela, e sua amiga, Katherine, mostram sinais de possessão demoníaca, decide confrontar o mal", segundo a sinopse.

No entanto, por mais que a premissa já seja interessante, a principal razão para a produção ser assim tão aguardada é o fato de ela se tratar, na verdade, de uma "continuação" de um dos mais clássicos longas do gênero já feitos: 'O Exorcista', lançado em 1973 e dirigido por William Friedkin. E inclusive o novo filme conta com o retorno de Ellen Burstyn em seu mesmo papel de cinco décadas atrás, a mãe da menina possuída, Chris MacNeil.

Chris MacNeil, personagem de Ellen Burstyn em 'O Exorcista' (1973) e 'O Exorcista - O Devoto' (2023), respectivamente / Crédito: Reprodução/Warner Bros. Pictures/HBO Max / Reprodução/Universal Pictures

O grande vilão

Grande parte do público que assistiu 'O Exorcista', em todos esses 50 anos desde seu lançamento, teve alguma dificuldade de tirar de sua mente algumas cenas. E de fato, as cenas de Regan levitando em meio ao exorcismo, se masturbando com um crucifixo e especialmente virando a cabeça a 180º marcaram toda a cultura pop.

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No entanto, por mais que as cenas com a pequena Regan MacNeil sejam as mais amedrontadoras, o verdadeiro vilão da história teve poucos segundos, em todo o filme, de tela: Pazuzu. No longa, onde ele é referido simplesmente como uma entidade ancestral maligna, é possível vê-lo em cenas bastante curtas, aparecendo geralmente apenas de relance.

O rosto de Pazuzu em 'O Exorcista' (1973), interpretado por Eileen Dietz
O rosto de Pazuzu em 'O Exorcista' (1973), interpretado por Eileen Dietz / Crédito: Reprodução/Warner Bros. Pictures/HBO Max

No filme, Pazuzu é apresentado de maneira bastante simples, como um velho conhecido do padre Merrin, e um simples demônio que foi libertado acidentalmente e busca incessavelmente por sangue.

Entidade suméria

No entanto, o "verdadeiro" Pazuzu tinha uma fama bastante diferente entre os povos que o criaram: os sumérios, a mais antiga civilização da região da Mesopotâmia. No passado, a entidade — também referenciada como Fazuzu ou Pazuza — era uma personificação do vento sudoeste, considerado destrutivo e perigoso, e rei de todos os outros demônios do vento, trazendo seca, fome e pragas.

Antigas cabeças mesopotâmicas do demônio Pazuzu
Antigas cabeças mesopotâmicas do demônio Pazuzu / Crédito: Foto por Zunkir pelo Wikimedia Commons

Apesar disso, os antigos mesopotâmicos também acreditavam que ele servia como uma espécie de repelente de outros demônios — como a deusa maligna Lamastu, um demônio feminino que se alimentava das crianças recém-nascidas —, salvaguardando o lar sob sua influência. Por isso, naquela sociedade amuletos retratando-o eram colocados no pescoço de mulheres grávidas, para protegê-las durante o parto.

Da mesma forma como representado em 'O Exorcista', entre os sumérios Pazuzu era retratado — como já visto em pequenas estatuetas — como um ser cujo corpo era a combinação de humano e vários animais.

Geralmente, segundo o site Screen Rant, com corpo em forma canina (sem pelos), cabeça de cachorro ou leão, garras de pássaro nos pés, dois pares de asas, cauda de escorpião e uma serpente como pênis; além do mais, sempre com a mão direita para cima, e a esquerda para baixo.

Estatueta de corpo inteiro retratando Pazuzu
Estatueta de corpo inteiro retratando Pazuzu / Crédito: Foto por Daderot pelo Wikimedia Commons

Logo, percebe-se que entre os antigos mesopotâmicos, Pazuzu era visto de maneira bem diferente daquela como aparece em 'O Exorcista'. Mesmo que associado à peste, não acreditavam que ele fosse malicioso; e a entidade tampouco realizava possessões.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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