Duração e novos personagens: Veja as mudanças no remake de ‘Renascer’
Aventuras Na História
A segunda fase de 'Renascer' teve início no último dia 5, trazendo uma adaptação de Bruno Luperi da obra de seu avô, Benedito Ruy Barbosa. A novela original, exibida em 1993, conquistou o público e ainda é lembrada com carinho, no entanto, já é possível perceber algumas diferenças na história.
Contando a história de José Inocêncio e seus quatro filhos, que ainda lamenta a morte da amada, Maria Santa, a trama se desenvolve a partir do momento que Mariana entra na vida do produtor de cacau e muda o rumo de seus caminhos.
Além de uma premissa emocionante e ótimas atuações, a trama busca reproduzir o sucesso da versão original, exibida há 30 anos. Entretanto, como mencionado anteriormente, algumas mudanças foram identificadas na nova versão.
Seja para deixar a história mais coerente com o período atual ou para consertar alguns erros do roteiro, esses detalhes podem ser importantes. Confira:
1. Duração
A novela original teve apenas 5 capítulos em sua primeira fase, cada um com mais de uma hora de duração, sem contar os comerciais. Já na nova versão, foram 12 episódios, que permitiram explorar detalhes da história, esclarecendo pontos que antes estavam subentendidos.
Um exemplo disso é a cena do escalpelamento de José Inocêncio (Humberto Carrão, na primeira fase da versão atual), que ocorre nos primeiros minutos da trama. Em 1993, muitas dúvidas pairaram sobre o que realmente aconteceu, e o que significava um "escalpelamento".
A história, que teve um ritmo mais acelerado em 1993, também apresentou algumas mudanças na narrativa. Detalhes como a recuperação do coronelzinho e a cura pelas mãos de Inácia (Edvana Carvalho) não foram abordados na primeira versão.
Após ser tratado por Rachid (Gabriel Sater), Zé aparece como proprietário da fazenda, cercado por empregados, em meio a uma plantação de cacau, ao lado de Deocleciano (Adanilo, na primeira fase).
2. Trilha sonora
Outra diferença marcante é a trilha sonora. Na versão original, a música de abertura era "Confins", um dueto entre Ivan Lins e Batacotô. Na nova versão, a canção "Lua Soberana", reinterpretada por Xênia França e Luedji Luna, embala o início e o fim da novela, antes restrita aos intervalos comerciais.
3. Relação de Venâncio
Algo curioso sobre o “pai boi” (Fábio Lago) é que, diferentemente da versão original, o personagem deixa claro, desde o início, que sentia certa tentação pela filha, Maria Santa (Duda Santos), tanto que ele realiza algumas ações como punição.
Primeiro, ele dá uma surra na filha após ela ter se encontrado com José Inocêncio e depois disso se castiga com cintadas nas próprias costas. Além disso, na primeira versão, Quitéria (Belize Pombal) nunca verbaliza que sabe do abuso do pai com a filha mais velha.
4. Mudança dos personagens
O coronel Firmino (Enrique Diaz) e a personagem Cândida (Maria Fernanda Cândida) não existem na versão original, o que muda a dinâmica da história e algumas relações entre personagens.
Além disso, a praga da vassoura de bruxa na plantação, elemento central na trama atual, não é mencionada na primeira fase da novela antiga, modificando a motivação por trás da rivalidade entre Belarmino (Antonio Calloni) e Zé.
Logo, não dá para entender o exato motivo pelo qual José conquista as terras de Belarmino, já que, na versão original, eles apenas se odeiam por inveja. O coronel mais velho pensa que o rival é jovem demais e cresceu sem fazer muito esforço, se apoiando somente em crenças duvidosas.
5. Encontro na cachoeira
O segundo encontro de Zé e Santinha também foi reescrito. Na versão atual, o encontro acontece na cachoeira, mas na original, acontece quando ela volta do banho e é forçada a um beijo por Zé, contra sua vontade.