Irmãos Menendez: Libertação de Lyle e Erik é incerta devido a novo promotor
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Apesar de condenados a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, a revisão do caso dos Irmãos Menendez, impulsionada pelo lançamento de duas produções da Netflix, parecia que terminaria com um parecer favorável para a soltura de Erik e Lyle Menendez.
Afinal, há cerca de um mês, o caso sobre os assassinos condenados de seus próprios pais, Kitty e Jose Menendez, em 1989, foi recomendado pelo promotor público de Los Angeles, George Gascon, para uma nova sentença. Até então, Gascon parecia favorável à libertação.
No entanto, nas últimas eleições no estado, ele acabou sendo substituído por Nathan Hochman, que assumiu o cargo em 3 de dezembro. Hochman, por sua vez, parece mais cauteloso.
Incerteza do futuro
Tanto em 'Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais' quanto em 'O caso dos Irmãos Menendez', produções da Netflix, é mostrado que Erik e Lyle alegam terem sido abusados sexualmente pelo pai. E seus advogados argumentam que isso não foi levado em consideração no segundo julgamento da dupla. Portanto, ainda mais com provas recentes, o ponto deveria ser considerado para uma revisão de sentença.
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Porém, em matéria do NY Post, o advogado da família Menendez, Bryan Freedman, aponta que o promotor, até o momento, só se encontrou com o tio dos irmãos, Milton Anderson, que é uma das pessoas que acredita que eles deveriam permanecer presos.
Ao veículo, Freedman foi questionado se isso seria um mau sinal inicial: "É, com certeza", afirmou. O defensor também negou os relatos de que Hochman tenha convidado membros da família que apoiam a libertação de Lyle e Erik para falar com ele.
O advogado ainda detalhou um e-mail enviado ao novo promotor: "Achei que você gostaria de se encontrar com as vítimas [é assim que ele chama os 20 membros da família que representa] que conheceram Lyle e Erik melhor nos últimos 30 anos de encarceramento".
Você falou com o único membro da família que não interagiu com Erik e Lyle nos últimos 30 anos", referindo-se a Anderson, irmão de Kitty.
Vale ressaltar que os Irmãos Menendez admitiram durante o julgamento que foram responsáveis por assassinarem os pais com uma espingarda, mas o grande debate em torno do caso é a motivação para o crime.
Kathy Cady, advogada de Anderson, declarou no início deste ano: "Ele prefere que [os irmãos Menendez] permaneçam na prisão porque acredita que é isso que a justiça exige".
Outra preocupação do advogado de defesa é que os dois membros do gabinete do promotor público que estavam liderando os esforços para libertar os irmãos Menendez foram realocados por Hochman.
Nancy Theberge, antiga chefe da unidade de nova sentença de Gascon, foi transferida para o escritório do defensor público suplente. Já Brock Lunsford foi transferido da unidade pós-condenação, mas permanece no gabinete do promotor, segundo a Variety.
"Eles entraram com o pedido de nova sentença em nome de Gascon", disse Freedman, referindo-se ao documento de 57 páginas que defendia que os irmãos seriam elegíveis para liberdade condicional imediatamente. "[Hochman] os tirou de lá. Não acho que eles serão trazidos de volta depois que forem movidos para fora do escritório".
Questionado sobre o que isso lhe diz sobre o promotor, o advogado respondeu: "Isso me diz que ele é incrivelmente inexperiente ou muito politizado".
Em entrevista ao NBC Nightly News, o promotor Nathan Hochman falou brevemente sobre o caso: "Embora sejam chamados de irmãos Menendez, há um caso Erik Menendez e um caso Lyle Menendez. Então, vamos olhar para cada caso separadamente, que é a maneira como eles realmente devem ser tratados".
Além de suas recomendações feitas, o ex-promotor George Gascon também havia pedido ao governador da Califórnia, Gavin Newsom, que concedesse clemência aos irmãos. O político, porém, não se comprometeu e disse que "iria adiar a análise do promotor eleito", referindo-se a Hochman.
Uma audiência sobre o caso havia sido marcada para novembro passado, mas do Tribunal Superior da Califórnia adiou o julgamento sobre o futuro dos irmãos até o final de janeiro para que pudesse obter informações do gabinete de Hochman.