Johanne Sacrebleu: Mexicanos satirizam a França em resposta à Emilia Pérez
Aventuras Na História
A polêmica em torno do filme 'Emilia Pérez', indicado ao Oscar e acusado de estereotipar a cultura mexicana, ganhou um novo capítulo com o lançamento de 'Johanne Sacrebleu'.
O curta-metragem de 28 minutos, produzido por um grupo de artistas mexicanos, tem feito sucesso nas redes sociais e se tornou uma espécie de resposta à produção indicada ao Oscar.
Com uma pegada musical e um humor sarcástico, 'Johanne Sacrebleu' brinca com os mesmos clichês que foram criticados em 'Emilia Pérez'.
A história, protagonizada pela atriz espanhola Karla Sofía Gascón no papel de um narcotraficante em transição de gênero, satiriza a visão estereotipada sobre a França, com cenas que envolvem ratos, baguetes, croissants e camisetas listradas.
A diretora Camila Aurora González, uma artista trans, explica que a ideia surgiu como uma forma de protestar contra a falta de representatividade de artistas mexicanos em 'Emilia Pérez' e de questionar como a cultura mexicana é retratada no cinema internacional.
Aclamado
Johanne Sacrebleu' tem sido celebrado por sua criatividade e por sua capacidade de provocar reflexão sobre temas como identidade, estereótipos e representação cultural. O curta-metragem já conta com quase um milhão de visualizações no YouTube e recebeu nota 9,9 no IMDb.
"A verdadeira vida dos franceses em um musical feito por pessoas no México. Ele conta a história épica de baguetes, croissants, queijos com cheiro forte e as dificuldades de não tomar banho todos os dias", diz a descrição do curta.