Livro revela simbolismos ocultos em O Mágico de Oz através do Tarot
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Aventuras Na História
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Através dos olhos do tarólogo Ednei Procópio, a clássica história de Dorothy Gale ganha novas camadas de significado em “Os Arcanos de Oz”, lançamento da Matrix Editora. Na obra, o autor traça um paralelo entre o universo místico do Tarot e a narrativa encantadora imortalizada no filme “O Mágico de Oz”, de 1939.
Dedicado ao estudo do Ocultismo Ocidental, Procópio desvenda os simbolismos ocultos nas aventuras de Dorothy e seus icônicos companheiros: o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde. A redação de Aventuras na História teve a oportunidade de conversar com o autor para saber mais sobre essa relação.
Misticismo
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Segundo o escritor, esses personagens representam mais do que simples figuras infantis. São arquétipos ancestrais e detentores de verdades universais, que ecoam os quatro elementos essenciais – terra, fogo, ar e água – fundamentais tanto na tarologia quanto no misticismo.
"Os quatro personagens principais têm relação direta com os quatro elementos: Dorothy representa a terra; o Espantalho, o ar; o Homem de Lata, a água; e o Leão, o fogo. O número quatro é central na simbologia mística e aparece em diversos aspectos, como os pontos cardeais e os naipes do tarot", explica Procópio.
A jornada de Dorothy, interpretada por Judy Garland no cinema, é mais do que uma busca pelo retorno ao lar: é um caminho de autoconhecimento.
Cada obstáculo e encontro simboliza uma fase dessa evolução interior, assim como as cartas do tarô representam a caminhada rumo à sabedoria e ao amadurecimento.
Uma cena específica do filme ilustra bem essa simbologia. Procópio destaca o momento em que Dorothy aparece segurando livros, remetendo à carta 26 do Baralho Cigano, o Dez de Ouros, e à lâmina II do Tarô: A Papisa, que simboliza um salto evolutivo e a necessidade de expandir horizontes.
Detalhes
Outro símbolo marcante da trama, as sapatilhas vermelhas, também guarda significados profundos. No livro original de Frank Baum, publicado em 1901 com ilustrações de William Wallace Denslow, elas eram prateadas.
A alteração para o vermelho ocorreu por questões técnicas do cinema. Mesmo assim, a simbologia se manteve: as sapatilhas representam o início e o fim da jornada, em alusão direta à carta do Louco, ou Tolo, no tarot.
![Tarot](https://timnews.com.br/tagger/images?url=https%3A%2F%2Faventurasnahistoria.com.br%2Fmedia%2Fuploads%2F2025%2F02%2Ftarot2.jpg)
No percurso de decodificação desses segredos, Procópio evidencia a diferença entre magia verdadeira e ilusão. O Mágico de Oz, na verdade, é um ilusionista, não um mago. Ele entretém, mas não detém conhecimento sobre os mistérios da natureza, diferentemente dos verdadeiros estudiosos do ocultismo.
Frank Baum foi cuidadoso ao separar o charlatão do mago. O Sr. Marvel, no filme, mexe nos pertences de Dorothy para impressioná-la. Esse truque deixa claro que ele não tem poderes reais. A verdadeira magia está no crescimento pessoal e na sabedoria adquirida pela protagonista”, destaca o autor.
A capital de Oz, a Cidade das Esmeraldas, reforça o simbolismo dos elementos. O verde remete à terra e ilustra a presença da filosofia teosófica, escola mística que influenciou Baum.
![O Mágico de Oz](https://timnews.com.br/tagger/images?url=https%3A%2F%2Faventurasnahistoria.com.br%2Fmedia%2Fuploads%2F2025%2F02%2Fmagico2.jpg)
Já as quatro direções em que o reino é dividido também remetem aos quatro pontos cardeais, reafirmando a presença do número quatro e dos elementos fundamentais.
“O Mágico de Oz” é mais do que um marco da literatura, do cinema e da música. Como demonstra Ednei Procópio em “Os Arcanos de Oz”, trata-se de uma jornada codificada por símbolos ancestrais, um convite para atravessar o arco-íris e desvendar os segredos entre o real e o imaginário.
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