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Maníaco do Parque: A história do serial killer que será retratada em filme
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Maníaco do Parque: A história do serial killer que será retratada em filme

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Aventuras Na História
06/10/2024 13h00
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©Divulgação/vídeo/Youtube/Brasil Urgente e Prime Video
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O Prime Video lançou recentemente o trailer de "Maníaco do Parque", filme baseado na história real de Francisco de Assis Pereira, um dos serial killers mais conhecidos do Brasil.

Interpretado no longa por Silvero Pereira, o assassino em série foi responsável por atacar diversas mulheres entre 1997 e 1998. O criminoso atraía suas vítimas se passando por um agente de modelos e prometendo ensaios fotográficos, levando-as ao Parque do Estado, em São Paulo, onde cometia seus crimes. O caso chocou o país, e a descoberta dos corpos na mata ganhou ampla repercussão na mídia.

O filme, dirigido por Maurício Eça, estreará no dia 18 de outubro no Prime Video e  promete mergulhar nas investigações que levaram à prisão do criminoso e nos detalhes perturbadores de sua psicopatia.

Além do longa, uma série documental intitulada Maníaco do Parque: A História Não Contada será lançada ainda em 2024, com foco nas vítimas e sobreviventes. A produção vai abordar erros na apuração do caso e o papel da mídia no desenrolar das investigações, oferecendo uma perspectiva mais profunda sobre o impacto dos crimes.

O maníaco do parque no momento de sua prisão / Crédito: Divulgação/vídeo/Youtube/Brasil Urgente

 

Identidade

O homem que ficou conhecido como Maníaco do Parque após uma série de crimes praticados no Parque do Estado, em São Paulo, é Francisco de Assis Pereira. Ele, que tem hoje 56 anos, foi preso por assassinar 11 mulheres e por estuprar e tentar assassinar outras nove.

Francisco recebeu uma condenação de mais de 260 anos de prisão pelos crimes de homicídio, estelionato, atentado ao pudor e estupro.

Como agia

Para abordar suas vítimas, Francisco, que trabalhava como motoboy, se passava por um agente de modelos e caça-talentos, atraindo jovens mulheres de baixa renda. Ele as convidava para ensaios fotográficos na mata e, em seguida, as levava para o interior do parque, onde cometia os crimes.

Conforme relatos de sobreviventes, ele era extrovertido e usava seu carisma para conquistar a confiança das vítimas, todas jovens com idade de até 24 anos.

"Tentei convencer outras dezenas que não me deram bola, recusaram mesmo, foram resistentes. A essas meninas, eu agradecia mentalmente por não me deixar matá-las. Era uma briga interior muito grande. Um lado meu queria matar e o outro, bem mais fraco, não", disse Francisco em entrevista concedida à Folha de S.Paulo em 2001.

Francisco de Assis Pereira durante entrevista / Crédito: Divulgação/vídeo/Youtube/Record

 

Descoberta de corpos

Em julho de 1998, a polícia encontrou os corpos de seis mulheres no parque, e o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) começou a suspeitar que um único autor estivesse por trás das mortes. As vítimas apresentavam sinais de violência sexual e foram todas encontradas despidas.

"Me aproximava das meninas como um leão se aproxima da presa. Eu era um canibal. Jogava tudo o que podia para conquistá-la e levá-la para o parque, onde eu acabava matando e quase comendo a carne. Eu tinha uma necessidade louca de mulher, de comê-la, de fazê-la sentir dor. Eu pensava em mulher 24 horas por dia", disse ele na mesma entrevista.

Francisco foi identificado com a ajuda de sobreviventes, que forneceram informações para a elaboração de um retrato falado. Ele foi preso em agosto de 1998, 23 dias após a divulgação do retrato, em Itaqui, a 731 km de Porto Alegre.

Atualmente, ele segue encarcerado em um presídio no interior de São Paulo, onde, segundo relatos, passa o tempo isolado, bordando tapetes e lendo a Bíblia diariamente.

Em uma das cartas escritas por Francisco para Simone Costa Bravo, autora de "Maníaco do Parque - A Loucura Lúcida", ele disse não precisar pedir desculpas, afinal, já foi perdoado: “sim a maldição foi quebrada extraordinariamente, porque o arrependimento foi sincero, que foi levado muita a sério, encontrei tudo o que de mim já estava escrito: eu corrijo e castigo todos os que amo, portanto, levem a sério e se arrependam sendo feito assim, não tem mais que ficar pedindo perdão para ninguém”.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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