Maria Callas: Saiba o que aconteceu com a cantora vivida por Angelina Jolie em filme
Aventuras Na História
A ausência de Angelina Jolie entre os indicados ao Oscar 2025 na categoria "Melhor Atriz" gerou repercussão. Embora cotada por sua interpretação de Maria Callas na cinebiografia dirigida por Pablo Larraín, a atriz ficou fora da lista final, divulgada na última quinta-feira, 23, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
Enquanto isso, o cinema brasileiro celebrou um feito histórico: "Ainda Estou Aqui" conquistou três indicações, incluindo Melhor Atriz para Fernanda Torres, Melhor Filme Internacional e Melhor Filme, superando todas as expectativas.
Fontes do circuito de premiações revelaram ao Page Six que Jolie ficaria profundamente abalada com a exclusão. “Ela investiu muito na campanha para o filme — queria muito essa indicação”, comentou uma fonte. "Foi sua primeira aparição em um talk show noturno em mais de uma década, além de sua presença em eventos como o Gotham Awards e capas de revistas. Ela estava confiante.”
Em 'Maria', Jolie dá vida à icônica cantora de ópera, uma figura central do século 20. A obra se concentra nos últimos anos de reclusão da soprano em Paris, explorando os altos e baixos de uma carreira marcada por glamour, polêmicas e tragédias pessoais.
Imagem
A imagem corporal foi uma grande questão para Maria ao longo de sua vida. Sua carreira iniciou-se em 1947, em uma época em que era comum que cantores de ópera estivessem acima do peso. No entanto, com mais de 100 kg, Callas teria se sentido insatisfeita consigo mesma, segundo o The Guardian.
Quando o diretor Luchino Visconti afirmou que a soprano precisava perder 30 quilos para trabalhar com ele, a artista foi além e emagreceu 40 quilos.
Doença
É importante mencionar que Maria Callas sofria de dermatomiosite, uma doença caracterizada por inflamação muscular e erupções cutâneas.
A condição provoca sintomas como fraqueza muscular, dores, dificuldade para engolir, problemas respiratórios e alterações na pele.
Além disso, a dermatomiosite pode comprometer as cordas vocais, o que pode ter resultado na perda da poderosa voz da cantora.
Maria enfrentava o vício em diversos medicamentos. Nos anos 1950, seu marido a apresentou a um médico que prescrevia "vitaminas líquidas", um termo usado como código para anfetaminas.
Posteriormente, a soprano iniciou um relacionamento com Aristóteles Onassis, que a introduziu ao uso de pentobarbital e metaqualona combinada com anti-histamínico, substâncias das quais ela também se tornou dependente, explica a Women's Health.
Perda do filho
Callas também enfrentou tragédias pessoais, como a perda de seu filho, Omero Lengrini, fruto de seu relacionamento com Aristóteles Onassis. O bebê viveu apenas algumas horas após o nascimento, uma vez que tinha sérios problemas respiratórios.
Fim da carreira
Maria encerrou sua carreira após enfrentar dificuldades com sua voz, segundo a Ópera Nacional Inglesa.
As razões para isso provavelmente incluem o uso excessivo das cordas vocais, sua drástica perda de peso, a dermatomiosite e seu vício em medicamentos, conforme aponta o History.
Além disso, mudanças em sua vida pessoal também podem ter influenciado essa decisão, conforme o site da Ópera Nacional Inglesa.
Após a morte de Aristóteles Onassis, em 1975, Maria se afastou completamente da vida pública. Infelizmente, um ataque cardíaco a vitimou em setembro de 1977.
Maria foi cremada e suas cinzas foram depositadas no Cemitério Père Lachaise. Posteriormente, as cinzas foram roubadas, recuperadas e, finalmente, espalhadas no Mar Egeu, no ano de 1979.