'Muita adrenalina': Diretor comenta manobra de avião em 'O Sequestro do Voo 375'
Aventuras Na História
Nas últimas semanas, um filme que vem sendo bastante aguardado e comentado é a nova produção nacional 'O Sequestro do Voo 375.' Dirigido por Marcus Baldini e roteirizado por Lusa Silvestre e Mikael de Albuquerque, o filme chegou aos cinemas de todo o Brasil na quinta-feira, 7, e retrata um dos mais assustadores incidentes da história da aviação nacional, quando o voo 375 da Vasp foi sequestrado por um homem que ameaça jogá-lo no Palácio do Planalto, para matar o então presidente José Sarney.
Caso o plano do sequestrador, Raimundo Nonato (interpretado por Jorge Paz no filme), tivesse dado certo naquele fatídico 29 de setembro de 1988, a tragédia marcaria para sempre e de maneira catastrófica todo o país, além de trazer um final trágico e assombroso às mais de 100 pessoas a bordo. Porém, felizmente, graças à coragem, perspicácia e competência do piloto Fernando Murilo (Danilo Grangheia), a conclusão dessa história foi bastante diferente.
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Isso porque o piloto, que tinha treinamento militar, conseguiu manter a calma durante todo o sequestro — mesmo que Raimundo tenha assassinado o copiloto, Salvador Evangelista, com um tiro na nuca —, atrasando o máximo que pôde o plano do sequestrador. E certamente um dos momentos mais lembrados do incidente foi quando Murilo, pela primeira vez na história, realizou a manobra 'parafuso', na qual o avião gira no próprio eixo enquanto cai, com uma grande aeronave Boeing 737-317, em uma cena digna de filme de ação.
A cena
Claro que no novo filme, que pretende narrar todos os acontecimentos que giram em torno do sequestro do voo 375, Marcus Baldini não deixaria de fora a cena da manobra, sendo crucial inclusive para o desfecho da história. E para fazer essas imagens, para a surpresa de muitos, não foi empregada alguma técnica de edição para enganar a perspectiva do espectador — de fato, um avião é utilizado nas filmagens, "um avião de mentira, mas que girava de verdade", conforme conta o diretor em entrevista à Splash, do UOL.
Existia uma empolgação muito grande das pessoas em relação a esse momento: de quando o avião ia girar e como ia girar," comenta Baldini. "Essa representação e vivência trouxe de fato a realidade para os atores. O Danilo [Grangheia, interprete do piloto Murilo] mexia realmente o manche da forma correta e sentia o sangue indo para a cabeça dele, via as coisas caindo no cockpit."
O diretor até mesmo "girou junto" da equipe, com o objetivo de testar a nova experiência: "Isso dava uma sensação de muita intensidade, que colaborou muito para que o impacto das cenas de manobras pareçam reais." E de fato, existia algum risco de acidente na cena, com alguém podendo cair e atingir alguma câmera, mas Baldini afirma que tudo era apenas um "risco calculado," apesar de "muita adrenalina presente."
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