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O detalhe em quadro do século 17 que despertou teorias
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O detalhe em quadro do século 17 que despertou teorias

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Aventuras Na História
28/05/2023 11h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15576726/original/open-uri20230528-18-16o9s1c?1685271840
©Divulgação/ Wikimedia Commons
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Em agosto de 2022, a conta oficial no Twitter do National Gallery, que é um renomado museu de arte localizado na cidade de Londres, deixou seus seguidores instigados com uma publicação referente a um dos quadros de sua coleção. 

A pintura, que inspiraria teorias conspiratórias entre os internautas, era uma obra de 1652 confeccionada pelo artista holandês Ferdinand Bol, que fazia aniversário na data daquela postagem. 

Veja no Twitter
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Ferdinand Bol died #OnThisDay in 1680.

Currently on loan to us, his charming 'Portrait of Frederick Sluysken' depicts the son of a wine merchant.

Take a closer look at his shoes and you might spot what looks like a more 'modern' detail. Can you see it? https://t.co/XKAnpg4DT8 pic.twitter.com/pg6lStyuzG

August 24, 2022

"Ferdinand Bol morreu #NesteDia em 1680. Atualmente emprestado a nós, seu encantador 'Retrato de Frederick Sluysken' retrata o filho de um comerciante de vinhos. Dê uma olhada em seus sapatos e você poderá identificar o que parece ser um detalhe mais 'moderno'. Você pode ver isso?", questionou o museu. 

Nomeada de "Retrato de Frederick Sluysken", a tela representava um garotinho loiro de 8 anos posando de forma casual para o espectador. Um detalhe curioso é que o jovem representado faz parte da família do pintor — trata-se do primeiro de segundo grau de Elisabeth Dell, uma mulher que, na época, era casada com Bol.

Ferdinand Bol em auto-retrato / Crédito: Domínio Público

 

Não é o parentesco de Frederick com o holandês, no entanto, que chamou a atenção dos usuários do Twitter, e sim o seu vestuário.

Vale apontar aqui que a fotografia apenas seria inventada quase 200 anos mais tarde, de forma que, no período, ser imortalizado através de uma tela era uma ocasião e tanto. O menino de 8 anos, portanto, sem dúvida usava suas melhores roupas. 

Algo que não tinha como fazer parte do guarda-roupa de um jovem do século 17, contudo, era um par de tênis da Nike. Assim, é uma surpresa constatar que, na lateral de um dos calçados vestidos pelo menino, existe um detalhe branco que em muito lembra o inconfundível logotipo da marca esportiva. 

Viajante no tempo? 

O objeto moderno aparentemente retratado na pintura centenária levou muitos internautas a especularem que o primo de segundo grau de Ferdinand Bol deveria ser um viajante no tempo aproveitando aquela oportunidade do retrato para pregar uma peça nas pessoas do futuro. 

Existe, é claro, uma explicação mais simples para a aparência dos curiosos sapatos de Frederick, conforme apontado pelo portal Hypeallergic: é apenas uma ilusão de ótica causada pela nossa falta de familiaridade com o design dos calçados de mais de 350 anos atrás. 

Uma das estruturas comuns presentes nas peças de vestuário da época do quadro era uma espécie de correia que conectava o calcanhar do sapato com o restante dele, o que teria o objetivo de manter o item preso ao pé do indivíduo. 

O local onde parece estar o 'símbolo da Nike', assim, é, na verdade, uma pequena abertura entre a correia e o restante do calçado. Através dessa fresta, é possível ver a meia branca do menino, em um formato que por acaso lembra o "certinho" que hoje nossos cérebros associam com exercícios físicos e etiquetas de preço caras. 

Fotografia de tênis de Nike / Créditos: Divulgação/ Nike

 

Entrevistado pelo Hypeallergic, Brandon Martinez, um colecionador de tênis históricos, opinou sobre a questão:   

A forma do sapato na pintura é totalmente diferente de um tênis. O antepé largo e plano parece extremamente desconfortável", apontou ele. 

Mesmo não acreditando que a tela de 1652 é a nossa primeira evidência de que viagens no tempo são possíveis, porém, Martinez acrescentou que definitivamente ostentaria roupas modernas em um quadro antigo se tivesse acesso a esse tipo de tecnologia. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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