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O que foi a Barbárie de Queimadas, próximo caso mostrado no Linha Direta
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O que foi a Barbárie de Queimadas, próximo caso mostrado no Linha Direta

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Aventuras Na História
09/05/2023 22h27
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©Carol Diógenes/Arquivo Pessoal
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Em 12 de fevereiro de 2012, um caso no município de Queimadas, localizado no Agreste da Paraíba, chocou a população local com uma intervenção criminosa em série.

Mostrado no segundo episódio de 'Linha Direta', da TV Globo, a chamada Barbárie de Queimadas ocorreu quando nove rapazes, sendo três menores de idade, organizaram uma festa falsa para cometer um estupro coletivo contra as garotas do evento.

Todos os abusadores eram conhecidos das vítimas regionalmente, com dois irmãos sendo apontados como mentores da ação que resultou em violência sexual contra cinco mulheres.

Os dois irmãos, identificados como Luciano e Eduardo dos Santos, armaram a ocasião de forma a “presentear” as mulheres para o mais novo, que realmente fazia aniversário, e forjaram um assalto para imobilizá-las.

No evento, as moças foram amarradas com lacres do tipo enforca-gato, sendo amordaçadas e tendo os olhos vendados enquanto os abusos eram realizados pelo grupo.

Se rebatendo e implorando por socorro, duas delas conseguiram entrar em luta corporal com os agressores, de forma a identificarem os rapazes; acabaram sendo mortas ainda no local.

Isabela Pajuçara Frazão Monteiro e Michelle Domingues da Silva, vítimas fatais, em fotografia - Crédito: Divulgação / TV Globo

 

Além disso, o sêmen encontrado no corpo das vítimas e resíduos de pele em baixo das unhas apontavam a intervenção criminosa forçada, como apontou a TV Cabo Branco, afiliada da TV Globo na Paraíba.

Punimento e justiça

De acordo com o portal G1, os criminosos foram identificados rapidamente devido a parte do plano criminoso; o próprio dono da festa, como forma de forjar um álibi, deu queixa do assalto falso, causando desconfiança no delegado regional André Luis Rabelo de Vasconcelos, que notou inconsistências nos depoimentos e ouviu as vítimas reais.

Com a confissão do esquema, um dos suspeitos chegou a ser preso no velório de uma das vítimas fatais. O mais velho dos irmãos mentores, Eduardo recebeu uma sentença em 2014 que totalizava 108 anos de prisão, sendo condenado pelos cinco estupros, agredir um dos adolescentes envolvidos nos abusos, dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma.

Seu irmão mais novo, Luciano, foi condenado a 44 anos, sendo o único que permanece em regime fechado. Todos os outros envolvidos foram condenados com penas que chegam a 30 anos, mas obtiveram regime semi-aberto ou liberdade condicional. Um deles, Jacó Souza, foi assassinado ao tentar retomar a vida na cidade onde cometeu o crime, cumprindo a condicional.

Eduardo, por outro lado, não teve direito ao afrouxamento de pena, mas fugiu da cadeia em novembro de 2020. Tais fatores mobilizam as sobreviventes do crime e familiares das vítimas a protestarem contra o que consideram impunidade, como enfatizará o programa na próxima quinta-feira, 11.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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