O Sequestro do Voo 601: O que aconteceu com os verdadeiros sequestradores?
Aventuras Na História
Nesta semana, chegou à Netflix a minissérie 'O Sequestro do Voo 601'. Dirigida por C.S. Prince e Pablo González, seis episódios narram o angustiante e perspicaz sequestro de um avião colombiano que ocorreu na vida real em 30 de maio de 1973.
"Um sequestro em pleno voo, calor ardente, frio intenso e alguns disparos. Em meio ao caos, duas comissárias de bordo precisam enganar os sequestradores para sobreviver.", descreve a sinopse disponibilizada pela Netflix.
Os dois responsáveis pelo sequestro foram Eusébio Borja (na época com 27 anos, e interpretado por Valentín Villafañe) e Francisco Solano Lopez (com 31, interpretado por Alian Devetac).
Porém, o que investigações posteriores revelaram é que, na realidade, os homens sequer carregavam armas de verdade — mas, o governo colombiano da época não deu tanta atenção, pois, em meados da década de 1960, sequestros de aviões eram relativamente comuns.
No fim, toda a ação da dupla foi bem-sucedida: além de ninguém ter saído ferido, entre tripulantes, passageiros e os sequestradores, eles ainda conseguiram US$ 50 mil — embora tenham solicitado inicialmente US$ 200 mil, explica o Yahoo! Internacional — e fugiram sem deixar muitos rastros. Mas afinal, o que aconteceu com eles após o fim do sequestro? Entenda!
+ O Sequestro do Voo 601: Veja a história real que inspirou série da Netflix
Identificação da dupla
Um fator decisivo para a dupla de sequestradores não ter sido facilmente identificada é que existiu um trato com o piloto da aeronave.
A ideia era que pudessem desembarcar em lugares diferentes, sem que as autoridades fossem alertadas, em troca da segurança da tripulação. Isso sem mencionar que eles estiveram mascarados durante todo o processo do sequestro.
No entanto, uma breve interação com um dos passageiros do avião foi o que levaria as autoridades a ter a primeira pista necessária para identificá-los. Em meio ao sequestro, eles se comunicaram brevemente com o ciclista Luis Reategui, o que levou os investigadores e constatarem que eles provavelmente pertenciam à fraternidade esportiva.
E de fato, os dois homens, embora tenham realizado o sequestro dentro da Colômbia, eram, na verdade, do Paraguai que foram até ao país tentar uma carreira de atletas como jogadores de futebol.
Porém, como o plano não havia dado certo, eles tentaram conseguir dinheiro sequestrando o avião para, assim, abrirem um pequeno negócio.
+ A saga da guerrilheira que sequestrou um avião para fugir da ditadura militar brasileira
Prisão e fuga
Após concluírem o sequestro, e com o dinheiro em mãos, Borja e Lopez partiram para suas próprias vidas, agora focados em escapar de quaisquer autoridades, explica o Dmtalkies.
No entanto, Lopez não teve tanta sorte: ele foi preso em Assunção, capital do Paraguai. Foi encontrado escondido num local alugado, próximo à casa de sua família.
O que se sabe é que, após detido, ele foi mantido preso por dois anos e depois, levado para a Colômbia, onde foi finalmente julgado e condenado a cinco anos de prisão.
Livre, levou uma vida discreta. Não se sabe ao certo o que aconteceu, mas, já foi dito que ele morreu em um assalto fracassado a um banco em Buenos Aires, na Argentina.
Borja, por sua vez, teve um destino diferente. Escapou com sucesso e nunca foi capturado pela polícia. Está foragido até hoje, explica o Yahoo! Internacional.
E caso ainda esteja vivo, é possível que assista 'O Sequestro do Voo 601', que retrata um dos sequestros mais bem-sucedidos da América Latina.