Por que o rei Charles sempre usa o mesmo anel no mindinho?
Aventuras Na História
Na próxima sexta-feira, 8 de setembro, completará exatamente um ano a morte da rainha Elizabeth II, uma das mais longevas lideranças na história da monarquia britânica. Desde então, quem a sucede no trono é seu primogênito, o agora rei Charles III, ex-marido de Diana — com quem teve os filhos William e Harry —, ao lado de Camilla Parker Bowles.
Ele, desde então, vem sendo motivo de grande atenção de todo o mundo, afinal, não só é novidade acompanhar um novo rei — visto que o reinado de Elizabeth II durou 70 anos —, como também grandes polêmicas que rodeiam a Família Real Britânica nos últimos tempos. Grande parte delas envolvendo, especialmente, o rei e os dois filhos, além de suas esposas, Kate Middleton e Meghan Markle.
Além disso, todas as grandiosas comemorações do último ano na realeza britânica, como o Jubileu de Platina da rainha, seus intermináveis dias de ritos funerários e a coroação de Charles, tudo isso em menos de um ano, chamaram atenção ao redor do mundo.
Somente na coroação de Charles, puderam ser presenciadas peças de roupas, coroas, cetros e joias que já pertenceram a figuras históricas, e o mais intrigante era que, além de tudo, cada item carregava significado e história próprios.
Os itens utilizados em cerimônias específicas da coroa britânica costumam chamar bastante atenção, pois, na verdade, as aparições são raras. Porém, existe um acessório em especial que desperta curiosidade naqueles que o reparam no rei Charles: um anel de sinete — um item que pode ser usado como assinatura do proprietário — no dedo mindinho esquerdo.
Não é como se fosse um acessório recente; Charles é visto utilizando o mesmo anel há décadas! Afinal, qual o significado e por que o monarca está sempre utilizando um acessório do tipo?
O anel
Para ser mais preciso, Charles é detentor da joia desde 1969. É um presente de sua mãe, a rainha Elizabeth II, quando recebeu o título de "príncipe de Gales" — este que agora cabe ao seu filho mais velho, William, próximo sucessor da coroa. Esse é o significado básico da joia, que deveria caracterizar o dedo do atual príncipe de Gales.
A joia, na verdade, possui mais de 170 anos, e carrega consigo o brasão do príncipe de Gales. A frase "ich dien", que significa "eu sirvo". Segundo o portal Nossa, do UOL, a tradição de utilizar um anel de sinete remonta até mesmo ao Antigo Testamento, e, embora o da família real seja relativamente discreto, o objeto costumava ser bastante exuberante, com um selo em cera ou argila.
"Os anéis de sinete existem desde que as pessoas usam joias", disse a curadora sênior de moda e artes decorativas do Museu de Londres, Beatrice Behlen, em entrevista ao Bloomberg. "Eles parecem sempre ter sido populares, mas acredito que se tornaram mais populares com a ascensão da burguesia. Membros da classe média não teriam um brasão de armas, portanto, ter um anel de sinete seria um sinal importante para mostrar que você é de uma classe superior."
Outros anéis da realeza
Em geral, a tradição em torno dos anéis de sinete atesta que o acessório seria utilizado somente por homens. No entanto, na modernidade, algumas tradições podem mudar ou até mesmo se perder. Uma figura feminina muito importante ligada à Charles já foi vista utilizando o anel do atual rei: a princesa Diana, ex-esposa e mãe de seus dois filhos.
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Com o tempo, outras figuras femininas relacionadas à realeza também foram vistas utilizando anéis de sinete próprios, demonstrando que a moda chegou inclusive às mulheres.
Entre elas, está Pippa Middleton, irmã de Kate, esposa de William, que possui um anel de sinete próprio — bem como James, outro irmão —, com um brasão da família Middleton; este foi um presente para a família, antes do casamento de Kate com o futuro rei.