Produtor do 'Jerry Springer Show' revela que atuou como 'cafetão' para apresentador
Aventuras Na História
No último mês, uma produção que chamou bastante atenção dos assinantes da Netflix foi o novo documentário 'Jerry Springer: Brigas, Câmera, Ação', que aborda "os bastidores do talk show mais polemico dos EUA, expondo seus maiores escândalos na frente e por trás das câmeras", segundo a sinopse.
Entre esses escândalos, estão triângulos amorosos problemáticos, supremacistas brancos se posicionando no programa, casos de incesto e até zoofilia. Todos esses motivos fizeram o programa 'The Jerry Springer Show' ser um grande sucesso de audiência nos Estados Unidos.
+ Os polêmicos bastidores de The Jerry Springer Show
E recentemente, após todo o alvoroço em torno do documentário, um antigo produtor do programa revelou em uma nova entrevista que ele atuava não só em sua função principal, mas até mesmo como "cafetão" do famoso apresentador. Isso porque, uma das tarefas que ele tinha era de trazer convidados "falsos" ao programa, que muito provavelmente dormiriam com Springer após o programa.
"Quando fomos contratados, Jerry veio nos encontrar em Los Angeles e nos pegou em uma limusine", relatou Norm Lubow ao Irish Sun sobre sua contratação em 1996, como descobridor de convidados. "A primeira coisa que Jerry nos disse foi: 'Quero transar, onde estão as prostitutas?' Ficamos tipo, 'Uau!' mas basicamente percebemos imediatamente que não era só sobre conseguir convidados para o show, era sobre fazê-lo transar, o que é claro que fizemos".
Isso simplesmente se tornou parte do nosso trabalho e é por isso que tivemos tanto sucesso e subimos na hierarquia. Encontramos mulheres para ele que estavam felizes em fazer dupla função, vir ao programa e cuidar de Jerry depois das filmagens", acrescenta Lubow na entrevista.
"Percebi imediatamente que o mais importante não era encontrar convidados, mas sim encontrar mulheres para Jerry", continua Lubow. "Eu ia até elas e dizia, 'Uh, vocês sabem que eu sou um novo produtor aqui e seria um grande favor para mim se vocês saíssem com Jerry hoje à noite, ele acha vocês ótimas', e elas saíam. Então eu era como o cafetão".
"Felizmente, eu conhecia muitas mulheres bonitas — strippers e coisas assim — dos meus dias em uma banda em Los Angeles, o que significou que rapidamente passei de um buscador de convidados freelancer para um produtor em tempo integral no programa", menciona ainda em outro momento da entrevista.
Convidados falsos
Ainda ao Irish Sun, Lubow mencionou que muitos dos convidados do programa eram "falsos", afinal, "algumas pessoas tinham as vidas mais chocantes e falavam sobre isso fora das câmeras, mas assim que a câmera começava a filmar, elas ficavam em silêncio porque ficavam envergonhadas". "Pelo menos com hóspedes falsos você sabia que eles fariam o que lhes foi dito. E era mais fácil porque você não tinha que lidar com as consequências".
No entanto, depois que vazou a informação de que Lubow treinava convidados para o programa, até mesmo entregando-lhes alguns roteiros, o produtor foi demitido em 1998. "Como eu disse, eles queriam comer bife, mas não queriam saber como você abatia a vaca. Mas [os produtores] sabiam que muitas dessas pessoas não eram legítimas – e eles preferiam os programas falsos, pois eram mais divertidos e davam menos trabalho", explica.
Por fim, quando questionado sobre a forma como seu antigo chefe é retratado em 'Jerry Springer: Brigas, Câmera, Ação', Lubow diz que o documentário ainda faz uma espécie de "branqueamento": "Era apenas uma parte aceita do meu trabalho ser seu cafetão e no programa da Netflix eles dizem que ele teve um escândalo sexual. De jeito nenhum, essa foi a única vez que ele foi pego".
Para conhecer mais detalhes sobre o polêmico programa de TV norte-americano, assista 'Jerry Springer: Brigas, Câmera, Ação', já disponível na Netflix.