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Sacheen Littlefeather: atriz indígena foi humilhada no Oscar em 1973
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Sacheen Littlefeather: atriz indígena foi humilhada no Oscar em 1973

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Aventuras Na História
02/03/2025 18h00
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©Getty Images
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Em 2022, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas apresentou um pedido de desculpas a Sacheen Littlefeather, uma mulher nativa americana que enfrentou hostilidade no palco da premiação há quase meio século. O reconhecimento ocorreu quase 50 anos após sua memorável aparição durante a cerimônia do Oscar.

Littlefeather, que na época tinha apenas 26 anos, subiu ao palco em 1973 para recusar o Oscar de Melhor Ator concedido a Marlon Brando por sua atuação em "O Poderoso Chefão".

Brando, ao invés de comparecer pessoalmente, optou por enviar Littlefeather como sua representante, usando a ocasião para expressar seu descontentamento com a forma como a indústria cinematográfica americana retratava os nativos.

A mensagem proferida por Littlefeather foi uma das primeiras intervenções políticas na história dos Oscars, destacando o tratamento inadequado dos indígenas americanos na mídia.

"Ele lamentavelmente não pode aceitar este prêmio tão generoso", afirmou ela em seu breve discurso, que abordou não apenas a representação distorcida dos nativos no cinema, mas também eventos significativos, como o conflito em Wounded Knee.

Sacheen Littlefeather
Sacheen Littlefeather no Oscar - Getty Images

Vaias e aplausos

O discurso provocou reações mistas entre os presentes, com vaias e aplausos se alternando na plateia. Após sua apresentação, Littlefeather teve que deixar o palco escoltada por seguranças devido à hostilidade que enfrentou, especialmente de figuras como John Wayne, que supostamente estava furioso com a situação.

Ao longo das décadas seguintes, Littlefeather experimentou marginalização e desprezo na indústria do entretenimento, explicou a BBC. Em entrevistas posteriores, ela revelou que o impacto de sua fala foi profundo e duradouro.

Relatos na mídia da época também levantaram dúvidas sobre sua identidade indígena e suas motivações pessoais, alegações que ela negou veementemente.

David Rubin, ex-presidente da Academia, reconheceu publicamente as injustiças sofridas por Littlefeather após seu discurso, afirmando que seu ato continua a simbolizar a importância do respeito e da dignidade humana. A declaração oficial da Academia sublinha que o tratamento que ela recebeu era inaceitável e um erro que deveria ser corrigido.

Em resposta ao pedido de desculpas tardio, ela comentou: "Nós, indígenas, somos pessoas muito pacientes — foram apenas 50 anos [de espera]!". Infelizmente, Littlefeather faleceu aos 75 anos em 2022.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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